tag:blogger.com,1999:blog-77154398068785694402024-03-06T01:06:25.260-03:00Pergunte ao PixelTina Lopeshttp://www.blogger.com/profile/13581592389269518699noreply@blogger.comBlogger637125tag:blogger.com,1999:blog-7715439806878569440.post-64919705449008250852015-11-09T20:10:00.002-02:002015-11-09T20:10:38.701-02:00Meme dos livros, dia 08: um livro para levar na praiaPraia exige leitura leve, fofoqueira, que permita a desconcentração, ou descontração, o vai e volta nas páginas imitando as ondas (ui). Infelizmente não tive nem férias, nem praia, nem li nada perto disso nos últimos dois anos. Mas pra manter o meme vivo, cito aqui o livro dos livros de praia.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOuIoNnu8GOJC-uy7SFllMNPtCswwJlkE0d0otsO42d4q08j3LZziYahIP6sLs6UIUuYASMrBsn6z9jBhjIbZUXLj8c7vXV-yTMPRuOp7lpvwsYioy4IfB3-GfbZQR2EbgLJZVH28k2m0/s1600/Captura+de+Tela+2015-11-09+a%25CC%2580s+20.08.13.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOuIoNnu8GOJC-uy7SFllMNPtCswwJlkE0d0otsO42d4q08j3LZziYahIP6sLs6UIUuYASMrBsn6z9jBhjIbZUXLj8c7vXV-yTMPRuOp7lpvwsYioy4IfB3-GfbZQR2EbgLJZVH28k2m0/s320/Captura+de+Tela+2015-11-09+a%25CC%2580s+20.08.13.png" width="222" /></a></div>
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É Ruy Castro, tem Doris Day, Frank Sinatra, Billie Holliday, Fred Astaire e vários outros em histórias saborosas, fofoquinhas apimentadas, tragédias desconhecidas. Poderia fazer parte do dia "livro que daria para um amigo".Tina Lopeshttp://www.blogger.com/profile/13581592389269518699noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-7715439806878569440.post-11829103282475420132015-11-09T19:39:00.003-02:002015-11-09T19:39:54.527-02:00Meme dos livros dia 07: um livro que (mais) ensinou sobre sexoNEXT<br />
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Depois, digamos, dos 14 anos e de ter lido alguma sacanagem, de Sabrina a Harold Robbins e alguns mais bem afamados literariamente, a gente não tem mais o que aprender, só praticar.<br />
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<br />Tina Lopeshttp://www.blogger.com/profile/13581592389269518699noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7715439806878569440.post-47750047111675016002015-11-07T21:52:00.000-02:002015-11-07T22:00:40.028-02:00Meme dos livros dia 06 (no mesmo dia mas enfim): um livro que te trouxe um olhar novo sobre a vidaA mão chega a tremer quando lembro dos livros mais importantes da minha vida, mas vamos lá entre os mais novos, de autores novos etc.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7lZ6xfOPJO_t7g9khVdaVQ2-Ki3uo00oVHc8J5gMGPEFhCnyXnbLHKYQseQt4ZBfrx4rI_WwFbuYk4RBxG2qihyc9Fqnw7sUjmEx8RAkKjQ9GevTGgGsVKhieHR22bJO0O9ZCicxPN94/s1600/Captura+de+Tela+2015-11-07+a%25CC%2580s+21.26.59.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7lZ6xfOPJO_t7g9khVdaVQ2-Ki3uo00oVHc8J5gMGPEFhCnyXnbLHKYQseQt4ZBfrx4rI_WwFbuYk4RBxG2qihyc9Fqnw7sUjmEx8RAkKjQ9GevTGgGsVKhieHR22bJO0O9ZCicxPN94/s320/Captura+de+Tela+2015-11-07+a%25CC%2580s+21.26.59.png" width="223" /></a></div>
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Então, todo mundo tava falando, né. Eu não escapei do hype. A Chimamanda parece uma pessoa bem legal e escreve bem. É bem novelona, na verdade. Os personagens são bastante idealizados, a mulher super ética, linda, sofredora, inteligente. O homem meio bobo mas muito boa pessoa etc. etc. Mas o novo olhar que a autora me trouxe foi o olhar da África. Mesmo que superficialmente, é uma narrativa que apresenta um olhar diferente, apesar de parecido com o do terceiro mundo latino-americano, desacorçoado com a corrupção, com a falta de perspectiva sobre o futuro do país, com a ignorância geral. Dá pra gente se identificar facinho com a história da África, o que não deixa de ser um olhar novo. Pelo menos pra mim.<br />
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<br />Tina Lopeshttp://www.blogger.com/profile/13581592389269518699noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7715439806878569440.post-6614736603881297492015-11-07T21:02:00.001-02:002015-11-07T21:02:03.709-02:00Meme dos livros, dia 05: um livro que você levou até o final só por teimosiaMantendo o compromisso de me ater a livros lidos recentemente, fica até mais fácil. Comprei assim que chegou às livrarias, confiando 100% no autor, um amor antigo que nunca antes havia me decepcionado. Capa dura, arte maravilhosa, fina, edição daquelas gostosas de se ter, de exibir, de folhear. Companhia das Letras, sabe como é. Mas que tombo.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEip67gjM-tKxjfiU2DiOzyJqXQkuJo1eJF1f11u36eOiPq9Qr2pns8_Gblm4KfkudLnFL64o8KS2CeIsimT2QxJ-NOpRKcdF7MEx23D3V0d68q2kRztoDeHKBk7OCJPClnnDBeYtYEq2Is/s1600/Captura+de+Tela+2015-11-07+a%25CC%2580s+20.55.17.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEip67gjM-tKxjfiU2DiOzyJqXQkuJo1eJF1f11u36eOiPq9Qr2pns8_Gblm4KfkudLnFL64o8KS2CeIsimT2QxJ-NOpRKcdF7MEx23D3V0d68q2kRztoDeHKBk7OCJPClnnDBeYtYEq2Is/s320/Captura+de+Tela+2015-11-07+a%25CC%2580s+20.55.17.png" width="221" /></a></div>
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<blockquote class="tr_bq">
"<span style="background-color: white; color: #444444; font-family: 'Trebuchet MS', Georgia, Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 15.600000381469727px;">Lembrando </span><em style="color: #444444; font-family: 'Trebuchet MS', Georgia, Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 15.600000381469727px;">A grande beleza</em><span style="background-color: white; color: #444444; font-family: 'Trebuchet MS', Georgia, Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 15.600000381469727px;">, filme de Paolo Sorrentino acolhido com entusiasmo pelo público brasileiro no mesmo ano, o romance de Milan Kundera coloca em cena quatro amigos parisienses que vivem numa deriva inócua, característica de uma existência contemporânea esvaziada de sentido. Eles passeiam pelos jardins de Luxemburgo, se encontram numa festa sinistra, constatam que as novas gerações já se esqueceram de quem era Stálin, perguntam-se o que está por trás de uma sociedade que, em vez dos seios ou das pernas, coloca o umbigo no centro do erotismo."</span></blockquote>
<span style="background-color: white; color: #444444; line-height: 15.600000381469727px;"><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><br /></span></span>
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><span style="line-height: 15.600000381469727px;">E blablabla. Nem lembro do que está aí descrito, foi um livro que me irritou pela chatice e passou totalmente em branco. Só li até o final porque 1) é curto e 2) esperava uma pegadinha do Milan, uma surpresa, uma frase daquelas que valem a vida. Mas não. Na próxima novidade do autor, que já me fez tão mas tão feliz com Risíveis Amores e A Insustentável Leveza do Ser, vou me dar ao luxo de folhear um pouco, antes de investir. </span></span></span><br />
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><span style="line-height: 15.600000381469727px;"><br /></span></span></span>
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><span style="line-height: 15.600000381469727px;">Mas convenhamos: o homem sabe criar títulos. </span></span></span><br />
Tina Lopeshttp://www.blogger.com/profile/13581592389269518699noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7715439806878569440.post-66966341256787189672015-10-11T13:48:00.002-03:002015-10-11T13:48:17.431-03:00Meme dos Livros - Dia #4: um livro que eu indicaria para um novo amigo<div style="text-align: justify;">
Vai ser dureza escapar dos livros do meme anterior. De cara eu emprestaria/apresentaria para um amigo os <i>hors concours </i>Servidão Humana, Madame Bovary, Pergunte ao Pó, A Fazenda Africana, Paris é uma Festa, Risíveis Amores. Todos anteriormente citados em outras categorias. Mas são títulos tão "eu"que não os emprestaria desavisadamente para um novo amigo, correndo o risco de ouvir "ai nada a ver comigo". </div>
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Veja que essa coisa de indicação acaba sendo um belo truque. Porque assim como nos identificamos com histórias e personagens, mal ou bem podemos entender (ou rotular) o outro a partir de suas preferências literárias. Claro que isso não vai definir nada na amizade! Mas faz parte do joguinho social.</div>
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Tenho, por exemplo, um amigo super ligado às Letras, profissionalmente, que até me acha inteligentinha, mas que no fundo me despreza por causa do meu amor ao Fante e ao Bukowski. De minha parte, só realça o quanto esse amigo é preconceituoso e elitista. </div>
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Meu perfil no Goodreads avisa: "nada de realismo fantástico nem prosa poética". E apesar disso dizem até que sou pessoa de bom convívio. Quem me conhece <i>mesmo</i> não me indica o mais novo da Isabel Allende ou do Valter Hugo Mãe. Sei que devem ser excelentes em suas categorias porque conheço pessoas maravilhosas e inteligentes que amam esses autores, mas simplesmente não servem pra mim. Os amigos poetas sabem que não sou a pessoa certa para trocar ideias sobre suas produções, mas vou com orgulho às suas noites de autógrafos. </div>
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Então qual autor me aproximaria de um novo amigo? Que personagem me faria criar uma ligação mínima com essa pessoa ainda desconhecida? Qual livro vai me dar algumas pistas sobre essa nova amizade? </div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7vc3Ck_vHdM3oSCxMOYgDSnM8sEsgUjQ_qpFTiigxUX8oeqrm9P_a76mfxtx2-NLL81buKNKXWHF7GTCakgvaZ_JwYk2t1mndWmkRP4abP871tZ08TGsic7AHB6pZLy3zJ4XajId2CKc/s1600/Captura+de+Tela+2015-10-11+a%25CC%2580s+13.29.03.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7vc3Ck_vHdM3oSCxMOYgDSnM8sEsgUjQ_qpFTiigxUX8oeqrm9P_a76mfxtx2-NLL81buKNKXWHF7GTCakgvaZ_JwYk2t1mndWmkRP4abP871tZ08TGsic7AHB6pZLy3zJ4XajId2CKc/s320/Captura+de+Tela+2015-10-11+a%25CC%2580s+13.29.03.png" width="216" /></a></div>
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Em <b>A Balada de Adam Henry</b>, de Ian McEwan, A juíza Fiona Maye chega a um momento complicado de sua vida, com uma rotina de trabalho dura, o marido que propõe um casamento aberto para recuperar o sexo perdido em uma relação fiel de 30 anos, além de todos os questionamentos a que uma mulher pode chegar aos 60 anos. E nesse caos interior ela tem que decidir sobre a vida ou a morte de Adam Henry, um menino de 17 anos, de uma família de Testemunhas de Jeová, que se recusa a receber transfusões de sangue para tratar a leucemia que o consome. </div>
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O que ofereço com essa dica: romance, texto impecável de um grande autor, personagens muito bem construídos, cenário contemporâneo, história envolvente, desenrolar surpreendente e que leva a refletir sobre religião, livre-arbítrio, casamento, ética. Nada mal pra começar uma amizade. </div>
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Tina Lopeshttp://www.blogger.com/profile/13581592389269518699noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7715439806878569440.post-6332459334368937242015-10-09T00:27:00.002-03:002015-10-09T00:27:11.830-03:00Meme dos livros: Dia #3 - Um livro que é um soco no estômago<b>Felicidade Demais. </b>Que título enganador. Há quem não goste da canadense <b>Alice Munro</b> porque sua leitura é, mesmo, enganadora: algumas histórias que parecem ter um desenrolar normalzinho acabam abruptamente e te deixam sem chão, sem saber onde colocar aqueles personagens; outras são apenas barulhos, impressões, vento que bate e nada parece acontecer. E geralmente só acontece "por dentro", mesmo. Mas não se engane: não é uma Virginia Woolf que demora 300 páginas para contar uma caminhada até um farol (nada contra). E há aqueles difíceis de explicar do que se trata.<div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlQdYnEdPZqyPVDpl8fMid3vSx2qUHe3J1h6Qajofo-a_T_1CWUOEehKlWzaxPYr4WZOmhtfekMEMxeIA5Zws90Zzf3y9j3CnPg-6CzuvXddxBEtiCc0BCUUCxsreepdwFTVh5L98xZYo/s1600/Captura+de+Tela+2015-10-08+a%25CC%2580s+23.58.04.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlQdYnEdPZqyPVDpl8fMid3vSx2qUHe3J1h6Qajofo-a_T_1CWUOEehKlWzaxPYr4WZOmhtfekMEMxeIA5Zws90Zzf3y9j3CnPg-6CzuvXddxBEtiCc0BCUUCxsreepdwFTVh5L98xZYo/s320/Captura+de+Tela+2015-10-08+a%25CC%2580s+23.58.04.png" width="215" /></a></div>
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Este o primeiro livro da autora que comprei e depois disso passei por uma fase lendo tudo que pude encontrar dela. Só não estou fazendo isso agora porque me obriguei a variar e também porque não sei ler vários ao mesmo tempo.</div>
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O TAL SOCO</div>
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Comecei a ler o primeiro dos dez contos no horário do almoço, no restaurante vegetariano, "laralala, vou ver qual é dessa autora ganhadora do Nobel". Na primeira página já perdi o fôlego. Vi que era uma heresia deixar a leitura para aquele horário e local e poucas vezes o turno da tarde demorou tanto pra chegar, agoniada que estava para saber que diabos tinha acontecido ou o que iria acontecer com a protagonista, Doreen. "Dimensões" fala de uma morte em vida, dando pistas sobre os fatos.</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFwSBbYjX8tZSYpO0XW0OSrGnQkyOzLey3jJT1roB0RztKo-7kNBpsvxUGnGc0vWVS6aTHVgtMsDbsmDVJZ_EwSzVIUXTY-LkO03PGH1jGk_p0E_kHz12sQsUyh73Z-unmCkHF5QwPIBA/s1600/Captura+de+Tela+2015-10-08+a%25CC%2580s+23.56.51.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="203" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFwSBbYjX8tZSYpO0XW0OSrGnQkyOzLey3jJT1roB0RztKo-7kNBpsvxUGnGc0vWVS6aTHVgtMsDbsmDVJZ_EwSzVIUXTY-LkO03PGH1jGk_p0E_kHz12sQsUyh73Z-unmCkHF5QwPIBA/s320/Captura+de+Tela+2015-10-08+a%25CC%2580s+23.56.51.png" width="320" /></a></div>
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Outro conto é tão impressionante quanto o primeiro: Brincadeira de Criança, que nos convida a participar de uma situação absolutamente condenável e horrível. E você vai junto e (quase) entende. </div>
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Já o último conto é uma linda homenagem da autora à matemática russa do século XIX, Sophia Kovalevsky, uma ficção em torno de sua vida admirável e morte dramática. Feministas russas rules. Principalmente as que têm uma estrela com seu nome - de verdade! </div>
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É isso por hoje. Amanhã, o mais fácil - um livro que eu indicaria para um amigo.</div>
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<i>Ei, atenção: procurei os nomes dos contos no Google (está chovendo e pra pegar o livro tenho que ir ao escritório atrás de casa, então apelei pros PDFs mesmo) e o jornal Rascunho dá spoilers imperdoáveis, evite.</i></div>
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Tina Lopeshttp://www.blogger.com/profile/13581592389269518699noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7715439806878569440.post-51039143200024334232015-10-08T08:51:00.001-03:002015-10-08T08:55:35.811-03:00Meme dos livros Dia #2: um livro que podia virar filme<div style="text-align: justify;">
Jurei a mim mesma não repetir novamente, aqui, nenhum título do lendário meme dos 30 Dias, 30 Livros. Tenho me esforçado pra ler mais, apesar de só conseguir isso à noite, na cama. Confesso que procurei conhecer autores novos mas na maior parte das vezes me entediei. Nem vou citar alguns que me fizeram revirar tanto os olhos que consegui ver a encarnação passada* para não virar polêmica (não agora), mesmo porque hoje o papo é o livro que poderia/deveria virar filme. Bem, quase todos nos quais pensei já foram adaptados. Madame Bovary, O Amante, Os Miseráveis, Fim de Caso, A Insustentável Leveza do Ser etc. São poucos os bons filmes ou à altura dos livros. Muitas vezes, também, a gente lê alguns que parecem ter sido feitos com o pé no cinema, como aqueles policiais escandinavos pavorosos (alguns, pavorosos como literatura, mesmo). </div>
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Escolhi um que, aposto, terá esse destino e eu já fico re-zan-do para que o protagonista não seja apenas mais um rostinho bonito e para que o diretor seja um dos meus favoritos. <b>O Pintassilgo, de Donna Tart</b>, é um daqueles livrões de Círculo do Livro, que nos anos 1980 teria rodinhas de tias trocando spoilers mesmo sem saber que isso agora é proibido e punido com morte lenta e dolorosa.</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGprYWUgyy3AYgP5UsbY6OegoAOhrsVDcNze5aEb7FNFM0CzdGuqab_YqtdAjoYYjU9wE-maNnvToz_tziIB60lrfn6FHWKXxDnNiK46wHZgcHmlOOIxx9jogzxUMGDFLAsJ59kp9Vf7I/s1600/Captura+de+Tela+2015-10-07+a%25CC%2580s+22.15.52.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGprYWUgyy3AYgP5UsbY6OegoAOhrsVDcNze5aEb7FNFM0CzdGuqab_YqtdAjoYYjU9wE-maNnvToz_tziIB60lrfn6FHWKXxDnNiK46wHZgcHmlOOIxx9jogzxUMGDFLAsJ59kp9Vf7I/s320/Captura+de+Tela+2015-10-07+a%25CC%2580s+22.15.52.png" width="222" /></a></div>
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Ganhador do Pulitzer, O Pintassilgo foi malhado por parte da crítica (na verdade, pela The New Yorker e pela Paris Review) e amado por outra. No Brasil, naturalmente, isso foi muito destacado no lançamento, principalmente porque o crítico americano o chamou de "infantilização da nossa cultura literária, num mundo em que todos lêem Harry Potter". Uôu que ofensa, hein. </div>
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Mas resistir à história épica do menino (Theo) que perdeu a mãe num atentado a um museu, foi morar com o pai jogador em Vegas, conheceu um rapazinho russo (Boris, apaixonante) completamente doido e bandidinho, depois de ter passado um tempo na casa de um amigo rico (Andy, um fofo) da escola, e que cresceu com um segredo guardado a sete chaves, ou melhor, uma só, num <i>self storage</i>, fica adulto, com uma paixão eterna pela sobrinha daquele que se torna seu melhor amigo... quem há de? </div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8_gRJEXTgWe-Vqe3Iku88LrlL30lvouom0FtY02qrmgD_O6UgFwiFSehQamUW_1lvfnCy47-HbpybKNhvcv_MA4To6NN2YkOtIRsN0zeYP2MNNkPHcFQwKdVB_dtYM1CLvjfO7OJGj4o/s1600/Captura+de+Tela+2015-10-07+a%25CC%2580s+22.49.32.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="182" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8_gRJEXTgWe-Vqe3Iku88LrlL30lvouom0FtY02qrmgD_O6UgFwiFSehQamUW_1lvfnCy47-HbpybKNhvcv_MA4To6NN2YkOtIRsN0zeYP2MNNkPHcFQwKdVB_dtYM1CLvjfO7OJGj4o/s400/Captura+de+Tela+2015-10-07+a%25CC%2580s+22.49.32.png" width="400" /></a></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Minha relação com o protagonista beirou ao amor que sinto até hoje pelo Philip, de Servidão Humana (Somerset Maugham). De vez em quando tem que dar uma folheada pra ver o que o menino anda aprontando. Ou por Arturo Bandini - esse fica pra outro dia. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
*<i><span style="font-size: x-small;">citando Lucila Figueiredo</span></i></div>
Tina Lopeshttp://www.blogger.com/profile/13581592389269518699noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7715439806878569440.post-80682413284987549842015-10-07T19:07:00.002-03:002015-10-07T19:12:38.835-03:00Meme dos livros! De novo? Que ano é hoje? Sim, de novo e se reclamar vai ter mais<strong><span style="font-family: inherit;">DIA #1</span></strong><br />
<span style="font-family: inherit;"><em>Um livro que é um abraço</em></span><br />
<span style="font-family: inherit;"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Que difícil. A exemplo das amigas que participam da brincadeira (links no FB e aí do lado), pensei no significado do abraço e me dei conta de que sou uma pessoa abraçadeira. Volta e meia abraço alguém e penso logo em seguida – Mas Cristina, precisava abraçar? Olha aí, só você abraçou. Você nem gosta da pessoa. Por que abraça? Pra fazer de conta que gosta? </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"> </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">(Terapia pra quê, se a gente tem a medicina moderna e as listas que abrem uma torneira de livre associação.)</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"> </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Pensei em vários livros que amo, que estão sempre ao meu lado, cujos personagens me fazem falta e de vez em quando folheio só para reencontrá-los. Mas abraço, mesmo, daqueles que faz a gente se sentir bem, acolhida, em paz, lembro de ter sentido com (juro que não estou querendo chocar) <strong>O Analista de Bagé, do Luis Fernando Verissimo.</strong> </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"> </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">No meme anterior, os 30 Dias e 30 Livros, ele já foi escolhido como um Guilty Pleasure. Roubo no jogo e colo o texto aqui, porque o sentimento não mudou e você vai entender o porquê do abraço.</span></div>
<span style="font-family: inherit;"></span><br />
<div style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: black; font-family: inherit; font-size: 14.85px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 20.79px; text-align: justify; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 1; word-spacing: 0px;">
<em><span style="font-family: inherit;">Convencionou-se que os livros de Luis Fernando Verissimo não são literatura séria. Bem, eu acho que rir é coisa séria, sim. Eu tinha 18 anos e exatos 10 meses para aprender tudo o que não tinha visto de conteúdo em três anos do segundo grau, morando na (desejada) capital com a tia e a prima que me abrigaram. Minha mãe gastava todo o salário da escola estadual para pagar o cursinho e a pressão era inacreditável. Ou eu passava no vestibular, ou eu voltava pro interior. Vivia com dor no estômago e com a certeza de que meu maior esforço não seria suficiente. Aí um sábado, depois de um daqueles vestibulares simulados, no qual tinha me saído mal em matemática e física, me sentindo completamente derrotada, me isolei no quarto para continuar estudando, estudando, estudando. Fui procurar um livro qualquer na estante e achei um exemplar de<b><span class="Apple-converted-space"> </span>O Analista de Bagé</b>. Já tinha ouvido falar e visto uma propaganda na tv de uma peça homônima, puxando pro pornô. Fiquei curiosa e dei uma folheada. Mal sabia de Freud, mas fui lendo e lendo. Passei a tarde disfarçando as risadas. Foi um momento de respirar fundo pra continuar, de me permitir um pequeno prazer. Anos depois, passei a comprar tudo que pude de Verissimo. As Comédias da Vida Privada, os textos sobre as Copas do Mundo, as tirinhas das Cobras. Machista, leve, irresponsável, sim, mas Verissimo também sabe ser incisivo com relação a política, reflexivo e até poético. Acho que é um autor como Bukowski, que sofre o preconceito do "não li - não gostei" ou "li um pedaço e achei ruim".</span></em></div>
<div style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: black; font-family: inherit; font-size: 14.85px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 20.79px; text-align: justify; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 1; word-spacing: 0px;">
<span style="font-family: inherit;"> </span></div>
<div style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: black; font-family: inherit; font-size: 14.85px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 20.79px; text-align: justify; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 1; word-spacing: 0px;">
<span style="font-family: inherit;">Naquele dia o livro foi um amigo daqueles bem humorados que chega com uma garrafa de vinho e contando piadas para te fazer esquecer o dia ruim. E que te abraça. </span></div>
<div style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: black; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 14.85px/20.79px Verdana, sans-serif; letter-spacing: normal; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 1; word-spacing: 0px;">
<span style="font-family: inherit;"></span><br /></div>
<blockquote style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: black; font-family: inherit; font-size: 14.85px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 20.79px; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 1; word-spacing: 0px;">
Pues, diz que o divã no consultório do analista de Bagé é forrado com um pelego. Ele recebe os pacientes de bombacha e pé no chão.<br />
<br />
— Buenas. Vá entrando e se abanque, índio velho.<br />
<br />
— O senhor quer que eu deite logo no divã?<br />
<br />
— Bom, se o amigo quiser dançar uma marca, antes, esteja a gosto. Mas eu prefiro ver o vivente estendido e charlando que nem china da fronteira, pra não perder tempo nem dinheiro.<br />
<br />
— Certo, certo. Eu...<br />
<br />
— Aceita um mate?<br />
<br />
— Um quê? Ah, não. Obrigado.<br />
<br />
— Pos desembucha.<br />
<br />
— Antes, eu queria saber. O senhor é freudiano?<br />
<br />
— Sou e sustento. Mais ortodoxo que reclame de xarope.<br />
<br />
— Certo. Bem. Acho que o meu problema é com a minha mãe<br />
<br />
— Outro.<br />
<br />
— Outro?<br />
<br />
— Complexo de Édipo. Dá mais que pereba em moleque.<br />
<br />
— E o senhor acha...<br />
<br />
— Eu acho uma pôca vergonha.<br />
<br />
— Mas...<br />
<br />
— Vai te metê na zona e deixa a velha em paz, tchê!</blockquote>
Tina Lopeshttp://www.blogger.com/profile/13581592389269518699noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7715439806878569440.post-65805317383272973342015-06-25T15:51:00.002-03:002015-06-25T16:01:22.649-03:00Anotação de sonho #1<div style="text-align: justify;">
O sonho está virando nuvem, preciso anotar.</div>
<div style="text-align: justify;">
Eu, Mr. L e Nina fomos morar num novo estado, recentemente comprado pelo governo do Brasil, pra lá do Acre. Chamava-se Dogma. Tínhamos ido começar vida nova, aprender novas profissões, porque aparentemente teríamos feito algo errado aqui, no velho Brasil. Após a primeira noite na casa nova, doada pelo governo, azul clarinha e bem próxima de outras casas, Mr.L. me chamou na janela e mostrou: olha, aqui é planalto, não tem uma montanha. Nunca mais vamos ver montanhas.</div>
<div style="text-align: justify;">
Aí várias pessoas apareceram para conversar conosco e nos fazer sentir bem-vindos àquela nova sociedade. Um pai e uma filha eram os líderes, ela era psicóloga. </div>
<div style="text-align: justify;">
Um dia ela me deu presentes: roupas claras e chiques. Eu não uso roupas claras. O mesmo com Mr. L; disseram que ficaríamos mais à vontade se nos apresentássemos de acordo com o padrão. Eu quis devolver as roupas, mas já não achava as minhas.</div>
<div style="text-align: justify;">
Pediram para Mr. L. dar uma palestra e, quando ele começou a falar, o líder interrompia a toda hora. Ele parou a palestra e encrencou com o tal líder. Fomos multados. Todo dia alguém pregava uma multa de centavos na nossa porta, por causa de alguma coisa que tínhamos feito fora do padrão. Tentamos fugir mas a estrada era circular, voltávamos sempre ao mesmo lugar. Eu agoniada porque não queria mais usar roupas claras. Acordei. </div>
Tina Lopeshttp://www.blogger.com/profile/13581592389269518699noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-7715439806878569440.post-49751242805622540202012-10-28T15:36:00.002-02:002012-10-28T18:33:22.474-02:00Aquelas palavras e aquelas coisas<div style="text-align: justify;">
No mercado.</div>
<div style="text-align: justify;">
— Nina, o que você quer de janta?</div>
<div style="text-align: justify;">
— Penne, mãe! Hmm como eu adoro penne! Faz um penne bem gostosinho pra mim? Vamos comprar o penne pequenininho!</div>
<div style="text-align: justify;">
A risadinha de canto do senhor que estava ao lado da menina me fez ver que está na hora de explicar algumas palavras e algumas coisas. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas fizemos as compras e a rotina só me fez lembrar do assunto no dia seguinte, quando caminhávamos da escola para casa.</div>
<div style="text-align: justify;">
— Nina, lembra que ontem você ficou falando no mercado do quanto gosta de penne?</div>
<div style="text-align: justify;">
— Sim, eu ADORO penne!</div>
<div style="text-align: justify;">
— Eu sei, já entendi. Mas então. Preciso te contar que essa palavra, penne, parece muito com outra palavra que não é legal que seja falada assim alto, pra todo mundo ouvir, quando não é dela que se está falando.</div>
<div style="text-align: justify;">
— Como assim?</div>
<div style="text-align: justify;">
— É que penne é o macarrão, né? Então. E pênis...</div>
<div style="text-align: justify;">
— São dois macarrões!</div>
<div style="text-align: justify;">
— Não, pênis é o nome que se dá ao pintinho dos meninos, o pipi. Homens não têm pintinho, quer dizer (gasp cof cof) a gente fala pênis. É o nome certo, científico, oficial. O pintinho, quando grande. Bem, quando pequeno também. Ah, você entendeu.</div>
<div style="text-align: justify;">
— !!! (estupefata)</div>
<div style="text-align: justify;">
— Então, meu amor, quando você fala alto que "adora penne", já viu, né? Fica esquisito porque quem ouve assim de passagem acha que você está falando que adora pênis. </div>
<div style="text-align: justify;">
— CREDO QUE HORROR!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Passado o susto, rimos muito. Mas quem está no inferno tem mais é que abraçar o capeta, né. Então continuei.</div>
<div style="text-align: justify;">
— E não é só o pintinho que tem nome científico. A prexequinha também. É vagina.</div>
<div style="text-align: justify;">
— Que nome feio.</div>
<div style="text-align: justify;">
— Também acho, mas é o nome. A gente chama de prexequinha, pepeca, essas coisas, quando fala com bebezinho, mas de bobeira, porque vagina é o nome correto, como braço, perna, cabeça.</div>
<div style="text-align: justify;">
— ... (pensativa)</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Andamos mais um pouco. </div>
<div style="text-align: justify;">
— Mãe.</div>
<div style="text-align: justify;">
— Oi.</div>
<div style="text-align: justify;">
— O que é cu?</div>
<div style="text-align: justify;">
*suspiro*</div>
<div style="text-align: justify;">
— Em primeiro lugar, é um palavrão. Não pode ficar falando por aí.</div>
<div style="text-align: justify;">
— Tá. Mas o que é?</div>
<div style="text-align: justify;">
— O nome correto é ânus. </div>
<div style="text-align: justify;">
— Ânus? Parece ano! Como em "tenho oito anos". </div>
<div style="text-align: justify;">
— Pois é. Mas todo mundo praticamente só fala cu. Mas é feio falar cu. Ânus é o buraquinho por onde sai o cocô.</div>
<div style="text-align: justify;">
— Ah! Eu pensava que cu fosse o pipi. O pênis.</div>
<br />
<br />Unknownnoreply@blogger.com14tag:blogger.com,1999:blog-7715439806878569440.post-53351949992290305092012-10-25T15:25:00.005-02:002012-10-25T15:30:35.764-02:00Up<div style="text-align: justify;">
Fiz um frila de texto, um texto meio solto, com um tema, mas sem muitas exigências, sem um briefing detalhado. Pensei no assunto antes de dormir. Acordei e, enquanto a Nina ainda tomava seu leite lendo gibi, escrevi. Adoro escrever, adoro ser contratada para escrever. Mas tem dia que a coisa flui melhor do que o esperado. Enviei o arquivo e esperei uma tarde pelo retorno. O texto foi aprovado com duas alteraçõezinhas de nada. Fiquei feliz. "Um dinheiro tão bem-vindo pra um serviço de dez minutos", pensei. Mas me corrijo. Foi um serviço de 42 anos e dez minutos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-7715439806878569440.post-87309433880666330602012-10-23T21:11:00.001-02:002012-10-23T21:31:13.714-02:00Eu não sou Guarani-Kaiowá<div style="text-align: justify;">
Hoje eu postei esse vídeo, abaixo, sobre a situação dos Guarani-Kaiowá. Você não está sabendo? Então dê uma olhadinha, por favor.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<iframe allowfullscreen="allowfullscreen" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/NlPEZ3qKp1s" width="420"></iframe>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<br />
Muitas pessoas estão alterando seus nomes para "Fulano de Tal Guarani-Kaiowá" no Facebook. Acho uma estratégia inteligente para chamar atenção para o assunto — foi assim que me interessei. Também está rolando <a href="http://www.avaaz.org/po/petition/Salvemos_os_indios_GuaraniKaiowa_URGENTE/" target="_blank"><b>uma petição</b></a>, cujo objetivo não me parece muito definido, mas vá lá, trata-se de outra forma de fazer o drama indígena tornar-se conhecido. Louvável, também (<a href="http://cimi.org.br/site/pt-br/?system=news&conteudo_id=6578&action=read" target="_blank"><b>aqui o link mais recente</b></a> e mais interessante pondo alguns pingos nos ii).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu não mudei meu nome no FB. Postei o vídeo acima e logo em seguida compartilhei um site sobre aspas equivocadas. Acho até meio desrespeitoso, da minha parte (ei, eu sempre estou falando de mim, atenção), querer aliviar minha culpa, minha falta de interesse, minha total abstenção na questão indígena, com dois toques de mouse. Li a reportagem da revista que o jornalista do vídeo cita, anos atrás — acho que foi essa, mas pode ter sido outra, também, sobre outra aldeia.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E anos atrás, também, fui pro interior do Paraná, de carro. Paramos numa obra na estrada, perto de um posto de gasolina, onde há uma tribo indígena. Os indígenas do Paraná, acredite-me, são tão ou mais desgraçados que os da Amazônia, do Norte ou do Centro do país. São poucos, vivem mal, não são respeitados, nem têm qualquer programa especial que os atendam e, além disso, passam frio. Uma moça escreveu no post de uma amiga, no Facebook: "se os negros e brancos trabalham, minha opinião é que os amarelos também deviam trabalhar". Bem, moça, você está errada, errada demais. Mas eu também. Naquele dia um bando de índios "atacou" meu carro, que aos olhos deles devia exalar dinheiro, comida, riqueza. Dei meu pacote de salgadinho pra velha índia que quase pulou dentro do carro, chutando as crianças que pediam "bulacha bulacha". Dei as costas e voltei pra civilização. Contei do desespero e da pobreza destes índios em mesas de boteco. Soube outras histórias, do meu sogro, que era dono de um pequeníssimo lote de terra perto da aldeia e desprezava "essa raça" — como a maioria das pessoas que têm uma relação de exploração da terra. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não sei onde quero chegar com isso. Gostaria de ter sido outra, de ter feito algo. Acredito que votei em pessoas que se interessam pela causa, mas meu voto não foi definido por esse critério. Queria saber o que fazer, ainda, e se há tempo. Mas não acredito. Não sei por onde começar. Eles precisaram de mim, de nós, e agora sabem que só lhes resta morrer em paz. Bem. <b>Esse direito nós não temos.</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-7715439806878569440.post-59042237320352393792012-10-21T22:36:00.003-02:002012-10-21T22:36:34.152-02:00Montação solidária<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Postei no FB, vai aqui também:</span><br />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Uma ideia brilhante que eu ~empresto~ a quem tiver tempo e disposição:</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Um site para empréstimos de vestidos de casamento/festa. </span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Você tem aquele vestido que já está batido, que todo mundo da família viu e fotografou, que não vai usar de novo e não vale a pena vender pra brechó (porque pagam muito pouco) nem reformar. Divulga a foto, o tamanho, medidas, e a mulher que está precisando de um modelito novo para um evento que se interessar paga pelo envio pelo Correio e depois o devolve. Um grande closet virtual, imitando o troca-troca de roupas entre amigas, baseado na confiança de que a roupa será devolvida ou redisponibilizada na rede em boas condições.</span><br />
<div class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #333333; display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">
<br />Se eu não tivesse tanto pra fazer, bem que tentaria botar a ideia em prática.<br /><br />;)</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7715439806878569440.post-54543117606717461922012-10-20T18:30:00.003-03:002012-10-20T18:30:55.663-03:00Apenas queOs dados foram lançados.<br />
Ou foram os dardos?<br />
<br />
Enquanto isso, fico assim, misteriosa.Unknownnoreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7715439806878569440.post-21448855763903058402012-10-17T10:00:00.000-03:002012-10-17T10:00:00.991-03:00Uma manhã na vida de Tina Lopes<div style="text-align: justify;">
Ontem decidi tirar o dia pra mim. Isto é, a manhã.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Fui ao dentista, mas chegando lá descobri que não era a data da consulta no meu dentista, era da odontopediatra da Nina. Não é que eu tenha esquecido de marcar na agenda. Colei <i>post-its</i> no computador do trabalho com as datas erradas. Vai vendo. Mas como eu e meu dentista temos uma relação antiga, praticamente um consórcio daqueles pra casa própria, ele deu uma olhadinha e fez um check-in de tudo que preciso fazer (nunca é pouco).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nota mental: vinho e café escurecem os dentes tanto quanto cigarro. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Saí do dentista feliz porque não vou precisar fazer um implante, que seria caríssimo. Como funciona a minha cabeça? Ora, se vou "economizar" não fazendo o implante, vou gastar parte desse não-dinheiro em cremes para o rosto, já que este ano não rolou orçamento pra um laser anti-manchas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em seguida fui ao sindicato pegar minhas carteirinhas, ao Correio pegar uma compra no Strawberry.net que foi taxada (mas vou tentar ressarcimento) e em seguida, ao shopping trocar um presente (<i>twin-set</i> bege por um preto, oi mãe) e passei pelo quiosque da Clinique. Testa aqui, testa acolá, gastei uma barbaridade em três cremes que prometem uma bomba de antioxidantes e hidratação pra minha pele judiada pelo tempo. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Dei três passos e me arrependi, como sempre. Quando gasto mais de cenzão tenho taquicardia, e quando é muuuuito mais, então... fico pra chorar. Foi nesse estado de nervos que cheguei ao meu carro e fui informada, pelos gentis funcionários do estacionamento, que uma moça tinha batido o BMW dela na lateral traseira do meu Ford Kazinho, o Juca Bala. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O pessoal do shopping foi massa. Fizeram um B.O. e fotos da batida — a moça estava ao celular — e me enviaram depois. Telefonei mais tarde, ela foi educadíssima e disse estar disposta a pagar o estrago, porque a franquia de seu carro é muito alta. E eu pensando "ai o dinheiro dos cremes vai todo no conserto". Ah, culpa, sua danadinha, atraindo <i>bad vibes</i>. Mas aparentemente tudo vai se resolver. Deixamos os maridos cuidarem do problema. Sou dessas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Hoje acordei linda depois de uma noite com meus cremes novos. Quero crer. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<br />
<br />Unknownnoreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-7715439806878569440.post-54181343205830606182012-10-10T11:48:00.002-03:002012-10-10T22:29:33.295-03:00Susto de HallowNina<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjB3k0Jid7rbc1hpN_9N0QVVtMILuz5OQkSiQOfoplz0OSo6vZJ9_3OcKvhdo110GMIvvuBLCDyTP0mlrQ9eX7Y_4QXc2edYnkwaH9Z-Z4dyXdB2n9cEmqIOzuhsReIAKN6wZCa-a1ut1o/s1600/hallownina.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjB3k0Jid7rbc1hpN_9N0QVVtMILuz5OQkSiQOfoplz0OSo6vZJ9_3OcKvhdo110GMIvvuBLCDyTP0mlrQ9eX7Y_4QXc2edYnkwaH9Z-Z4dyXdB2n9cEmqIOzuhsReIAKN6wZCa-a1ut1o/s400/hallownina.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
Não podia deixar de registrar a melhor foto melhor do mês.Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7715439806878569440.post-50916470761917142052012-10-08T16:23:00.002-03:002012-10-09T15:30:57.270-03:00Nem tão esotérica assim<div style="text-align: justify;">
Comecei a ler a <a href="http://books.google.com.br/books/about/Breve_Hist%C3%B3ria_de_Quase_Tudo.html?id=5qe2nct9TAcC&redir_esc=y" target="_blank"><b>Breve História de Quase Tudo</b></a>, finalmente — um presente do Natal passado que acabou ficando para outro dia, outro dia, até que esse dia chegou. E já estou irritada. Quero dizer, o livro é sensacional. Tem quase tudo ali, mesmo, do cósmico ao microscópico, explicadinho. O universo tem trocentos bilhões de anos, é curvo, em um pingo de "i" numa página de livro com corpo 10 cabem trocentos quaquilhões de prótons... tudo tão cansativo, posto que inimaginável.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E o Inimaginável não me interessa. Assim como o Sobrenatural. E a Ciência, por mais que eu queira não duvidar dela, acaba parecendo outra forma de Fé.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Admito que sou tacanha, não me interesso por Ciência e nem por Religião. Pode não parecer, mas sou uma pessoa, digamos, humilde*. Um Ser Superior, tenho certeza absoluta, teria mais o que fazer além de se preocupar com minha alma, muito menos minha vidinha. Não acredito também que um Ser Inferior, o do mal — tanta guerra e violência pelo mundo todo e ele se diverte vendo gente estrebuchar em altares de cultos em garagens — me lançaria um segundo olhar.<br />
<br />
E com o que eles se preocupariam além desse planetinha besta? Buracos negros, universos paralelos, colisões cósmicas, quem sabe. Daí volto à Ciência, e acho lindo que um dia tenhamos sido todos um só amontoado de prótons. Mas ainda desconfio de tanta certeza, que volta e meia é desmentida. Nem Plutão é mais planeta!<br />
<br />
Além disso, eu acreditando ou não, o planeta continua a girar e minha família continua me convidando para eventos religiosos para os quais eu não tenho vestido. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Boto fé mesmo na imperfeição humana. Vou é pegar outro romance.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<br />
<br />
<br />
<span style="font-size: x-small;"><i>*/ironia</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com12tag:blogger.com,1999:blog-7715439806878569440.post-79581972226966185772012-10-04T09:58:00.001-03:002012-10-04T09:58:15.574-03:00Oito<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3M_Lf67l4cLvLnR71Q9W48TcEjw4nyhxkKgV251n6e9yIUiY0GwkejZ1uvlmqg8yTfL_W3W4MRZ-L7KsMvk8UOjdTqwB43C_Zr9pSFSjTfM8FsXq5BnSQNvDsK3gc0IN8AyaGO_7iy2M/s1600/140.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3M_Lf67l4cLvLnR71Q9W48TcEjw4nyhxkKgV251n6e9yIUiY0GwkejZ1uvlmqg8yTfL_W3W4MRZ-L7KsMvk8UOjdTqwB43C_Zr9pSFSjTfM8FsXq5BnSQNvDsK3gc0IN8AyaGO_7iy2M/s400/140.JPG" width="400" /></a></div>
<br />Unknownnoreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-7715439806878569440.post-16774415505976561762012-09-29T12:07:00.004-03:002012-09-29T12:09:25.068-03:00Três pilares, uma NaçãoOntem eu aprendi quais são, de acordo com um prestigiado historiador cujo nome agora me escapa (depois pego minhas notas e complemento aqui), os três pilares da sociedade francesa, aquilo que forma o estilo de vida francês:<br />
<br />
1 - O Código Napoleônico — a sua Constituição, que os torna todos iguais perante a lei;<br />
2 - A escola pública laica, obrigatória e, claro, gratuita (a professora bem lembrou aquela fala do Raí, quando era astro do Paris Saint German, sobre sua felicidade em ter a filha e a filha da faxineira estudando na mesma escola).<br />
3 - Os trens — o sistema férreo que liga o país todo.<br />
<br />
Ainda bem que eu segurei a língua e não chutei: 1) o queijo 2) o vinho 3) a baguette.<br />
<br />
<br />
<br />Unknownnoreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-7715439806878569440.post-26894775305934035072012-09-26T17:52:00.003-03:002012-09-28T15:07:52.667-03:00Moment musical<iframe allowfullscreen="allowfullscreen" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/ifEQEQulNrg" width="560"></iframe>
<br />
<br />
<br />
Sim, ela casou com o Sarkozy, é imperdoável, mas sou fã, me deixa, eu queria mesmo ter essa voz, essa elegância, esse cabelo e principalmente o rosto exótico. Mas essa música, essa letra, são lindas. E eu tô treinando tradução ;)<br />
<br />
<br />
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal">
<b><span lang="FR">Déranger Les Pierres<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="FR">Je veux mes yeux
dans vos yeux / <i><span style="font-size: x-small;">Quero meus olhos nos teus olhos</span></i><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="FR">Je veux ma voix
dans votre oreille /<i> <span style="font-size: x-small;">Eu quero minha voz em seu ouvido</span></i><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="FR">Je veux les mains
fraîches du vent / <i><span style="font-size: x-small;">Eu quero as mãos frias com o vento</span></i><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="FR">Je veux encore le
mal d'aimer / <span style="font-size: x-small;"><i>Eu quero ainda o mal de amar</i></span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="FR">Le mal de tout ce
qui est merveille /<span style="font-size: x-small;"><i> O mal de tudo o que é maravilhoso</i></span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="FR">Je veux encore
brûler douc'ment / <i><span style="font-size: x-small;">Eu ainda quero queimar devagar</span></i><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="FR">Marcher à deux
pas du soleil / <span style="font-size: x-small;"><i>Caminhar a dois perto do sol</i></span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="FR">Et je veux
déranger les pierres / <i><span style="font-size: x-small;">E eu quero perturbar as pedras</span></i><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="FR">Changer le visage
de mes nuits / <span style="font-size: x-small;"><i>Mudar a cara das minhas noites</i></span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="FR">Faire la peau à
ton mystère / <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="FR">Et le temps j'en
fais mon affaire / <i><span style="font-size: x-small;">E o tempo, <strike>com ele terei um romance,</strike> farei dele meu amante</span></i><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="FR">Je veux ton rire
dans ma bouche / <span style="font-size: x-small;"><i>Quero tua risada na minha boca</i></span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="FR">Je veux tes
épaules qui tremblent / <span style="font-size: x-small;"><i>Eu quero teus ombros trêmulos</i></span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
Je veux m'échouer tendrement / <span style="font-size: x-small;"><i>Eu quero me deixar levar,
ternamente</i></span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Sur un paradis perdu / <i><span style="font-size: x-small;">Em um paraíso perdido</span></i><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="FR">Je veux retrouver
mon double / <span style="font-size: x-small;"><i>Eu quero encontrar meu par</i></span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
Je veux l'origine du trouble / <span style="font-size: x-small;"><i>Quero que a origem da
desordem</i></span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
J'veux caresser l'inconnu / <i><span style="font-size: x-small;">Eu quero acariciar o
desconhecido</span></i><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="FR">Et je veux
déranger les pierres / <i><span style="font-size: x-small;">E eu quero incomodar as pedras</span></i><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
Changer le visage de mes nuits / <span style="font-size: x-small;"><i>Mudar o cenário das minhas
noites</i></span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="FR">Faire la peau à
ton mystère / <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="FR">Et le temps j'en
fais mon affaire / <o:p></o:p></span><i><span style="font-size: x-small;">E o tempo, <strike>com ele terei um romance,</strike> farei dele meu amante</span></i><br />
<span lang="FR"><span style="font-size: x-small;"><i><br /></i></span></span>
<span lang="FR"></span><br />
<div class="MsoNormal">
<span lang="FR">Je veux mourir un dimanche/ <i><span style="font-size: x-small;">Eu quero morrer em um domingo</span></i><o:p></o:p></span></div>
<span lang="FR">
</span><br />
<div class="MsoNormal">
<span lang="FR">Au premier frisson du printemps/ <i><span style="font-size: x-small;">Ao primeiro arrepio da
primavera</span></i><o:p></o:p></span></div>
<span lang="FR">
<div class="MsoNormal">
Sous le grand soleil de Satan / <span style="font-size: x-small;"><i>Sob o grande sol de Satã</i></span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Je veux mourir sans frayeur / <span style="font-size: x-small;"><i>Eu quero morrer sem medo</i></span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Fondue dans un sommeil de plomb / <span style="font-size: x-small;"><i>Imersa num sono pesado</i></span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Je veux mourir les yeux ouverts /<span style="font-size: x-small;"><i> Eu quero morrer de olhos
abertos</i></span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Le nez au ciel comme un mendicant / <span style="font-size: x-small;"><i>Nariz ao céu, como um
mendigo</i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: x-small;"><i><br /></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="FR">Et je veux déranger les pierres / <i><span style="font-size: x-small;">E eu quero perturbar as pedras</span></i><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="FR">Changer le visage de mes nuits / <span style="font-size: x-small;"><i>Mudar a cara das minhas noites</i></span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="FR">Faire la peau à ton mystère /<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="FR">Et le temps j'en fais mon affaire / </span><i><span style="font-size: x-small;">E o tempo, <strike>com ele terei um romance,</strike> farei dele meu amante</span></i></div>
</span></div>
<br />
<br />
PS 1: "Faire la peau à ton mystère" - ferir a pele com teu mistério? esfolar a pele com teu mistério? não consigo entender/traduzir, então vou deixar em branco, por enquanto.<br />
<br />Unknownnoreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-7715439806878569440.post-23572935916705444892012-09-23T13:48:00.002-03:002012-09-23T13:48:42.355-03:00Questão de ordemEscritor é quem escreve ou quem publica?<br />
<br />
<br />Unknownnoreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-7715439806878569440.post-15831820658487875732012-09-19T15:53:00.001-03:002012-09-19T15:56:25.875-03:00Da educação<div style="text-align: justify;">O menino não gosta de dançar, tem pânico de se apresentar em público. Mas é obrigado pela família a participar da quadrilha de festa junina, a caráter, as lágrimas escorrendo sobre o bigodinho pintado com o kajal da mãe. Atrapalha a dança, chateia a coleguinha com a qual faz par e ainda sofre o mico supremo de terminar a coreografia com a professora.<br />
<br />
</div><div style="text-align: justify;">"Tem que dançar, tem que perder a vergonha, tem que aprender".<br />
<br />
</div><div style="text-align: justify;">O menino não quer ir ao passeio da escola. Tem medo de ônibus, não gosta de ficar longe dos lugares onde se sente seguro – e só ele sabe o quanto demorou tanto para se acostumar com a rotina da própria escola. Mas os pais o levam cedinho, obrigam-no a se integrar ao grupo – o que não vai acontecer de fato até cessar o choro –, a entrar na fila, a partir sem qualquer vontade.<br />
<br />
</div><div style="text-align: justify;">"Tem que ir, tem que perder o medo, tem que participar".</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Não julgo. Mas tem que, mesmo? </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div>Unknownnoreply@blogger.com11tag:blogger.com,1999:blog-7715439806878569440.post-17886348090640445292012-09-19T08:49:00.000-03:002012-09-19T08:49:29.095-03:00Sugestão de pautaA Meg e a Luciana lembraram da existência das tais Escolas de Governo, preparatórias para quem vai exercer cargos públicos.<br />
Elas funcionam? Quem dá essas aulas? Os alunos vão às aulas? Qual a opinião dos candidatos/eleitos sobre isso? Como elas funcionam? Quais disciplinas? Onde? Quem é remunerado por isso? Quanto? Quem paga?<br />
<br />
Fica a sugestão de pauta pros colegas.<br />
<br />
;)Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7715439806878569440.post-59464549053798147342012-09-17T22:40:00.001-03:002012-09-17T22:43:13.940-03:00Das propostas impossíveis<div style="text-align: justify;">É uma proposta elitista porque impediria a eleição de analfabetos funcionais, admito. Mas estava outro dia pensando, jogando conversa fora, e ela surgiu. </div><div style="text-align: justify;">Imagina que interessante se a Justiça Eleitoral (que tem verba) parasse um pouco de investir em urna eletrônica e fizesse parcerias com as universidades públicas de cada estado para criar cursos de formação de políticos. Quem quisesse ser vereador, por exemplo, seria obrigado a fazer esse curso, uma vez na vida. Deputado, senador, todos. Todos os candidatos teriam que apresentar esse curso no currículo.</div><div style="text-align: justify;">E que curso seria? Um curso longo. Não muito: 6 meses, 360 horas de aula. Parte delas poderia ser semi-presencial. Outra parte, durante os finais de semana. Como qualquer pós-graduação oferecida por aí.</div><div style="text-align: justify;">E o que seria ensinado nessas aulas? Legislação. Noções de Direito. História. Ética. Estatística. Sociologia.</div><div style="text-align: justify;">E os candidatos teriam que se esforçar pra passar, claro. Provas presenciais. Com ou sem consulta. Não adiantaria mandar os futuros aspones fazer os trabalhos. </div><div style="text-align: justify;">Tá certo que ia ter muito aluno pra pouca vaga, de início, mas isso tudo se resolveria com o tempo e bom planejamento. </div><div style="text-align: justify;">Quem sabe assim pelo menos ouviríamos menos propostas idiotas. Ou menos idiotas se considerariam aptos a se lançar na vida pública. Repito: sim, é uma ideia elitista, mas com um mínimo - um mínimo, meu deus - de preparo a gente ainda poderia sonhar, principalmente dos candidatos às câmaras, que são um freak show à parte. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div>Unknownnoreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-7715439806878569440.post-20876443064818759922012-09-14T15:08:00.001-03:002012-09-14T15:09:58.353-03:00E suspira<div style="text-align: justify;">Quando você vem andando distraidamente e se depara com um vulto fugidio, com aquele jeito de andar, de jogar a franja, um casaco parecido, ou exatamente aquele tom de voz, mas passa rápido demais pra conferir e te faz lembrar, te assusta, de repente, com aquela saudade esquecida.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div>Unknownnoreply@blogger.com3