quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Em Obras




Todos os poucos que ainda passam por aqui sabem do drama do meu telhado. Mas não custa dar um briefing. Então. Em 2005 compramos nossa casa. Ela já tinha 30 anos. Pra mudança, fizemos umas reformas básicas: abrimos a cozinha e fizemos no estilo americano, com balcão, porque era muito escura; trocamos o piso, que era uma lajota de farmácia, por taquinhos e mais uns detalhes que não lembro. Dois anos depois, a segunda reforma: trocamos as janelas, que eram vitrôs enferrujados, por alumínio; fizemos uma escadinha no buraco da garagem, que parecia rampa de trocar óleo de posto de gasolina; reformamos o banheirinho da Nina e mais outras coisinhas. Agora estamos indo pra aquela que, espero, seja a última reforma.
Desta vez, vamos finalmente consertar o telhado. Fizemos vários orçamentos e a  maioria previa catástrofe tipo 2012: teríamos de sair de casa, passar meses fora, pra trocar tudo, todo o madeirame, forro (não há laje) e gastaríamos uma fortuna. Ok, nem tanto, mas só nisso teríamos de fazer um empréstimo daqueles pra pagar em cinco anos o equivalente a um aluguel.
Felizmente tivemos a indicação de uma equipe de 3 pedreiros (equipe é ótimo) recomendados pela prima de uma amiga que é arquiteta: eles já fizeram os telhados da casa dela e do irmão; além disso, reformaram o apê da amiga. Nessa hora, mais importante que orçamento é a indicação de gente de confiança. E eles garantiram que é preciso trocar muita madeira, colocar novas vigas, mas não precisa trocar forros. Legal. Sai mais barato e não precisamos sair de casa durante a obra.

(pausa pra respirar)

E já que vamos mexer no telhado, que tal fazer tudo de uma vez? Como tenho um marido professor de Ética e preocupado com o futuro do planeta, vamos instalar aquecimento solar. Bem, mas moramos em Curitiba, então comofas? Aqui só se aproveita o aquecimento solar, sendo otimista, uns 60% dos dias. Isso diz o vendedor do sistema... Então será instalado gás também. Finalmente teremos banhos quentes tipo os de hotel! Ê! Mas pra isso é preciso mexer mais: a caixa d'água deve ser levantada, pra criar pressão. Então os pedreiros, além de consertar o telhado, vão levantar uma laje acima dele, onde colocarão a caixa d'água e todo o sistema de aquecimento - o tal boiler de água quente.
Mas pra instalar aquecimento a gás teremos de mudar todo o encanamento, não é? Já que vamos fazer isso, reformamos de vez a nossa suíte, que tinha privada e pia verdes-musgo horrorosas.

(calma que tá acabando)

O primeiro dia de reforma foi a segunda-feira, que começou nublada e com garoa. AH SIM! Não pode chover, né? durante as obras. Meio óbvio. Mas estamos em Curitiba e cada dia é uma surpresa. Emoções meteorológicas. Daí os pedreiros acharam melhor começar pelo banheiro. Derrubaram tudo, abriram a nova janela. Mas no dia seguinte, terça, o tempo abriu, e eles foram rapidinho fazer o telhado. O videozinho mostra, de forma precária, o barulho e o movimento dos lustres (que são herança, ainda, dos antigos donos e também devem ter uns 35 anos) no teto.
Os pedreiros são rápidos. Tem um que fica assoando o nariz o tempo todo e isso não é uma coisa boa de se ouvir sobre sua cabeça. Outro matraqueia feito o homem da cobra, seja lá o que for.
Vou contando, com fotinhas, o andamento. Agora meu blog virou o diarinho da obra.

3 comentários:

Cam Seslaf disse...

Mulher, admiro sua coragem. Boa sorte.

Tina Lopes disse...

Obrigada Cam. Mas não é coragem, não. Asterix feelings mesmo.

Rubão disse...

hahaha! Ótimo! Mantenha-nos a par! Se bobear, enfrentarei odisséia semelhante.