segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Meme dos livros, dia 08: um livro para levar na praia

Praia exige leitura leve, fofoqueira, que permita a desconcentração, ou descontração, o vai e volta nas páginas imitando as ondas (ui). Infelizmente não tive nem férias, nem praia, nem li nada perto disso nos últimos dois anos. Mas pra manter o meme vivo, cito aqui o livro dos livros de praia.


É Ruy Castro, tem Doris Day, Frank Sinatra, Billie Holliday, Fred Astaire e vários outros em histórias saborosas, fofoquinhas apimentadas, tragédias desconhecidas. Poderia fazer parte do dia "livro que daria para um amigo".

Meme dos livros dia 07: um livro que (mais) ensinou sobre sexo

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Depois, digamos, dos 14 anos e de ter lido alguma sacanagem, de Sabrina a Harold Robbins e alguns mais bem afamados literariamente, a gente não tem mais o que aprender, só praticar.


sábado, 7 de novembro de 2015

Meme dos livros dia 06 (no mesmo dia mas enfim): um livro que te trouxe um olhar novo sobre a vida

A mão chega a tremer quando lembro dos livros mais importantes da minha vida, mas vamos lá entre os mais novos, de autores novos etc.


Então, todo mundo tava falando, né. Eu não escapei do hype. A Chimamanda parece uma pessoa bem legal e escreve bem. É bem novelona, na verdade. Os personagens são bastante idealizados, a mulher super ética, linda, sofredora, inteligente. O homem meio bobo mas muito boa pessoa etc. etc. Mas o novo olhar que a autora me trouxe foi o olhar da África. Mesmo que superficialmente, é uma narrativa que apresenta um olhar diferente, apesar de parecido com o do terceiro mundo latino-americano, desacorçoado com a corrupção, com a falta de perspectiva sobre o futuro do país, com a ignorância geral. Dá pra gente se identificar facinho com a história da África, o que não deixa de ser um olhar novo. Pelo menos pra mim.


Meme dos livros, dia 05: um livro que você levou até o final só por teimosia

Mantendo o compromisso de me ater a livros lidos recentemente, fica até mais fácil. Comprei assim que chegou às livrarias, confiando 100% no autor, um amor antigo que nunca antes havia me decepcionado. Capa dura, arte maravilhosa, fina, edição daquelas gostosas de se ter, de exibir, de folhear. Companhia das Letras, sabe como é. Mas que tombo.



"Lembrando A grande beleza, filme de Paolo Sorrentino acolhido com entusiasmo pelo público brasileiro no mesmo ano, o romance de Milan Kundera coloca em cena quatro amigos parisienses que vivem numa deriva inócua, característica de uma existência contemporânea esvaziada de sentido. Eles passeiam pelos jardins de Luxemburgo, se encontram numa festa sinistra, constatam que as novas gerações já se esqueceram de quem era Stálin, perguntam-se o que está por trás de uma sociedade que, em vez dos seios ou das pernas, coloca o umbigo no centro do erotismo."

E blablabla. Nem lembro do que está aí descrito, foi um livro que me irritou pela chatice e passou totalmente em branco. Só li até o final porque 1) é curto e 2) esperava uma pegadinha do Milan, uma surpresa, uma frase daquelas que valem a vida. Mas não. Na próxima novidade do autor, que já me fez tão mas tão feliz com Risíveis Amores e A Insustentável Leveza do Ser, vou me dar ao luxo de folhear um pouco, antes de investir. 

Mas convenhamos: o homem sabe criar títulos. 

domingo, 11 de outubro de 2015

Meme dos Livros - Dia #4: um livro que eu indicaria para um novo amigo

Vai ser dureza escapar dos livros do meme anterior. De cara eu emprestaria/apresentaria para um amigo os hors concours Servidão Humana, Madame Bovary, Pergunte ao Pó, A Fazenda Africana, Paris é uma Festa, Risíveis Amores. Todos anteriormente citados em outras categorias. Mas são títulos tão "eu"que não os emprestaria desavisadamente para um novo amigo, correndo o risco de ouvir "ai nada a ver comigo". 

Veja que essa coisa de indicação acaba sendo um belo truque. Porque assim como nos identificamos com histórias e personagens, mal ou bem podemos entender (ou rotular) o outro a partir de suas preferências literárias. Claro que isso não vai definir nada na amizade! Mas faz parte do joguinho social.

Tenho, por exemplo, um amigo super ligado às Letras, profissionalmente, que até me acha inteligentinha, mas que no fundo me despreza por causa do meu amor ao Fante e ao Bukowski. De minha parte, só realça o quanto esse amigo é preconceituoso e elitista. 

Meu perfil no Goodreads avisa: "nada de realismo fantástico nem prosa poética". E apesar disso dizem até que sou pessoa de bom convívio. Quem me conhece mesmo não me indica o mais novo da Isabel Allende ou do Valter Hugo Mãe. Sei que devem ser excelentes em suas categorias porque conheço pessoas maravilhosas e inteligentes que amam esses autores, mas simplesmente não servem pra mim. Os amigos poetas sabem que não sou a pessoa certa para trocar ideias sobre suas produções, mas vou com orgulho às suas noites de autógrafos. 

Então qual autor me aproximaria de um novo amigo?  Que personagem me faria criar uma ligação mínima com essa pessoa ainda desconhecida? Qual livro vai me dar algumas pistas sobre essa nova amizade? 



Em A Balada de Adam Henry, de Ian McEwan, A juíza Fiona Maye chega a um momento complicado de sua vida, com uma rotina de trabalho dura, o marido que propõe um casamento aberto para recuperar o sexo perdido em uma relação fiel de 30 anos, além de todos os questionamentos a que uma mulher pode chegar aos 60 anos. E nesse caos interior ela tem que decidir sobre a vida ou a morte de Adam Henry, um menino de 17 anos, de uma família de Testemunhas de Jeová, que se recusa a receber transfusões de sangue para tratar a leucemia que o consome. 

O que ofereço com essa dica: romance, texto impecável de um grande autor, personagens muito bem construídos, cenário contemporâneo, história envolvente, desenrolar surpreendente e que leva a refletir sobre religião, livre-arbítrio, casamento, ética. Nada mal pra começar uma amizade. 



sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Meme dos livros: Dia #3 - Um livro que é um soco no estômago

Felicidade Demais. Que título enganador. Há quem não goste da canadense Alice Munro porque sua leitura é, mesmo, enganadora: algumas histórias que parecem ter um desenrolar normalzinho acabam abruptamente e te deixam sem chão, sem saber onde colocar aqueles personagens; outras são apenas barulhos, impressões, vento que bate e nada parece acontecer. E geralmente só acontece "por dentro", mesmo. Mas não se engane: não é uma Virginia Woolf que demora 300 páginas para contar uma caminhada até um farol (nada contra). E há aqueles difíceis de explicar do que se trata.


Este o primeiro livro da autora que comprei e depois disso passei por uma fase lendo tudo que pude encontrar dela. Só não estou fazendo isso agora porque me obriguei a variar e também porque não sei ler vários ao mesmo tempo.

O TAL SOCO

Comecei a ler o primeiro dos dez contos no horário do almoço, no restaurante vegetariano, "laralala, vou ver qual é dessa autora ganhadora do Nobel". Na primeira página já perdi o fôlego. Vi que era uma heresia deixar a leitura para aquele horário e local e poucas vezes o turno da tarde demorou tanto pra chegar, agoniada que estava para saber que diabos tinha acontecido ou o que iria acontecer com a protagonista, Doreen. "Dimensões" fala de uma morte em vida, dando pistas sobre os fatos.



Outro conto é tão impressionante quanto o primeiro: Brincadeira de Criança, que nos convida a participar de uma situação absolutamente condenável e horrível. E você vai junto e (quase) entende. 

Já o último conto é uma linda homenagem da autora à matemática russa do século XIX, Sophia Kovalevsky, uma ficção em torno de sua vida admirável e morte dramática. Feministas russas rules. Principalmente as que têm uma estrela com seu nome - de verdade! 

É isso por hoje. Amanhã, o mais fácil - um livro que eu indicaria para um amigo.

Ei, atenção: procurei os nomes dos contos no Google (está chovendo e pra pegar o livro tenho que ir ao escritório atrás de casa, então apelei pros PDFs mesmo) e o jornal Rascunho dá spoilers imperdoáveis, evite.


quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Meme dos livros Dia #2: um livro que podia virar filme

Jurei a mim mesma não repetir novamente, aqui, nenhum título do lendário meme dos 30 Dias, 30 Livros. Tenho me esforçado pra ler mais, apesar de só conseguir isso à noite, na cama. Confesso que procurei conhecer autores novos mas na maior parte das vezes me entediei. Nem vou citar alguns que me fizeram revirar tanto os olhos que consegui ver a encarnação passada* para não virar polêmica (não agora), mesmo porque hoje o papo é o livro que poderia/deveria virar filme. Bem, quase todos nos quais pensei já foram adaptados. Madame Bovary, O Amante, Os Miseráveis, Fim de Caso, A Insustentável Leveza do Ser etc. São poucos os bons filmes ou à altura dos livros. Muitas vezes, também, a gente lê alguns que parecem ter sido feitos com o pé no cinema, como aqueles policiais escandinavos pavorosos (alguns, pavorosos como literatura, mesmo). 

Escolhi um que, aposto, terá esse destino e eu já fico re-zan-do para que o protagonista não seja apenas mais um rostinho bonito e para que o diretor seja um dos meus favoritos. O Pintassilgo, de Donna Tart, é um daqueles livrões de Círculo do Livro, que nos anos 1980 teria rodinhas de tias trocando spoilers mesmo sem saber que isso agora é proibido e punido com morte lenta e dolorosa.



Ganhador do Pulitzer, O Pintassilgo foi malhado por parte da crítica (na verdade, pela The New Yorker e pela Paris Review) e amado por outra. No Brasil, naturalmente, isso foi muito destacado no lançamento, principalmente porque o crítico americano o chamou de "infantilização da nossa cultura literária, num mundo em que todos lêem Harry Potter". Uôu que ofensa, hein. 

Mas resistir à história épica do menino (Theo) que perdeu a mãe num atentado a um museu, foi morar com o pai jogador em Vegas, conheceu um rapazinho russo (Boris, apaixonante) completamente doido e bandidinho, depois de ter passado um tempo na casa de um amigo rico  (Andy, um fofo) da escola, e que cresceu com um segredo guardado a sete chaves, ou melhor, uma só, num self storage, fica adulto, com uma paixão eterna pela sobrinha daquele que se torna seu melhor amigo... quem há de? 



Minha relação com o protagonista beirou ao amor que sinto até hoje pelo Philip, de Servidão Humana (Somerset Maugham). De vez em quando tem que dar uma folheada pra ver o que o menino anda aprontando. Ou por Arturo Bandini - esse fica pra outro dia. 

*citando Lucila Figueiredo

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Meme dos livros! De novo? Que ano é hoje? Sim, de novo e se reclamar vai ter mais

DIA #1
Um livro que é um abraço

Que difícil. A exemplo das amigas que participam da brincadeira (links no FB e aí do lado), pensei no significado do abraço e me dei conta de que sou uma pessoa abraçadeira. Volta e meia abraço alguém e penso logo em seguida  – Mas Cristina, precisava abraçar? Olha aí, só você abraçou. Você nem gosta da pessoa. Por que abraça? Pra fazer de conta que gosta?
 
(Terapia pra quê, se a gente tem a medicina moderna e as listas que abrem uma torneira de livre associação.)
 
Pensei em vários livros que amo, que estão sempre ao meu lado, cujos personagens me fazem falta e de vez em quando folheio só para reencontrá-los. Mas abraço, mesmo, daqueles que faz a gente se sentir bem, acolhida, em paz, lembro de ter sentido com (juro que não estou querendo chocar) O Analista de Bagé, do Luis Fernando Verissimo.
 
No meme anterior, os 30 Dias e 30 Livros, ele já foi escolhido como um Guilty Pleasure. Roubo no jogo e colo o texto aqui, porque o sentimento não mudou e você vai entender o porquê do abraço.

Convencionou-se que os livros de Luis Fernando Verissimo não são literatura séria. Bem, eu acho que rir é coisa séria, sim. Eu tinha 18 anos e exatos 10 meses para aprender tudo o que não tinha visto de conteúdo em três anos do segundo grau, morando na (desejada) capital com a tia e a prima que me abrigaram. Minha mãe gastava todo o salário da escola estadual para pagar o cursinho e a pressão era inacreditável. Ou eu passava no vestibular, ou eu voltava pro interior. Vivia com dor no estômago e com a certeza de que meu maior esforço não seria suficiente. Aí um sábado, depois de um daqueles vestibulares simulados, no qual tinha me saído mal em matemática e física, me sentindo completamente derrotada, me isolei no quarto para continuar estudando, estudando, estudando. Fui procurar um livro qualquer na estante e achei um exemplar de O Analista de Bagé. Já tinha ouvido falar e visto uma propaganda na tv de uma peça homônima, puxando pro pornô. Fiquei curiosa e dei uma folheada. Mal sabia de Freud, mas fui lendo e lendo. Passei a tarde disfarçando as risadas. Foi um momento de respirar fundo pra continuar, de me permitir um pequeno prazer. Anos depois, passei a comprar tudo que pude de Verissimo. As Comédias da Vida Privada, os textos sobre as Copas do Mundo, as tirinhas das Cobras. Machista, leve, irresponsável, sim, mas Verissimo também sabe ser incisivo com relação a política, reflexivo e até poético. Acho que é um autor como Bukowski, que sofre o preconceito do "não li - não gostei" ou "li um pedaço e achei ruim".
 
Naquele dia o livro foi um amigo daqueles bem humorados que chega com uma garrafa de vinho e contando piadas para te fazer esquecer o dia ruim. E que te abraça.

Pues, diz que o divã no consultório do analista de Bagé é forrado com um pelego. Ele recebe os pacientes de bombacha e pé no chão.

— Buenas. Vá entrando e se abanque, índio velho.

— O senhor quer que eu deite logo no divã?

— Bom, se o amigo quiser dançar uma marca, antes, esteja a gosto. Mas eu prefiro ver o vivente estendido e charlando que nem china da fronteira, pra não perder tempo nem dinheiro.

— Certo, certo. Eu...

— Aceita um mate?

— Um quê? Ah, não. Obrigado.

— Pos desembucha.

— Antes, eu queria saber. O senhor é freudiano?

— Sou e sustento. Mais ortodoxo que reclame de xarope.

— Certo. Bem. Acho que o meu problema é com a minha mãe

— Outro.

— Outro?

— Complexo de Édipo. Dá mais que pereba em moleque.

— E o senhor acha...

— Eu acho uma pôca vergonha.

— Mas...

— Vai te metê na zona e deixa a velha em paz, tchê!

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Anotação de sonho #1

O sonho está virando nuvem, preciso anotar.
Eu, Mr. L e Nina fomos morar num novo estado, recentemente comprado pelo governo do Brasil, pra lá do Acre. Chamava-se Dogma. Tínhamos ido começar vida nova, aprender novas profissões, porque aparentemente teríamos feito algo errado aqui, no velho Brasil. Após a primeira noite na casa nova, doada pelo governo, azul clarinha e bem próxima de outras casas, Mr.L. me chamou na janela e mostrou: olha, aqui é planalto, não tem uma montanha. Nunca mais vamos ver montanhas.
Aí várias pessoas apareceram para conversar conosco e nos fazer sentir bem-vindos àquela nova sociedade. Um pai e uma filha eram os líderes, ela era psicóloga.
Um dia ela me deu presentes: roupas claras e chiques. Eu não uso roupas claras. O mesmo com Mr. L; disseram que ficaríamos mais à vontade se nos apresentássemos de acordo com o padrão. Eu quis devolver as roupas, mas já não achava as minhas.
Pediram para Mr. L. dar uma palestra e, quando ele começou a falar, o líder interrompia a toda hora. Ele parou a palestra e encrencou com o tal líder. Fomos multados. Todo dia alguém pregava uma multa de centavos na nossa porta, por causa de alguma coisa que tínhamos feito fora do padrão. Tentamos fugir mas a estrada era circular, voltávamos sempre ao mesmo lugar. Eu agoniada porque não queria mais usar roupas claras. Acordei.

domingo, 28 de outubro de 2012

Aquelas palavras e aquelas coisas

No mercado.
— Nina, o que você quer de janta?
— Penne, mãe! Hmm como eu adoro penne! Faz um penne bem gostosinho pra mim? Vamos comprar o penne pequenininho!
A risadinha de canto do senhor que estava ao lado da menina me fez ver que está na hora de explicar algumas palavras e algumas coisas. 

Mas fizemos as compras e a rotina só me fez lembrar do assunto no dia seguinte, quando caminhávamos da escola para casa.
— Nina, lembra que ontem você ficou falando no mercado do quanto gosta de penne?
— Sim, eu ADORO penne!
— Eu sei, já entendi. Mas então. Preciso te contar que essa palavra, penne, parece muito com outra palavra que não é legal que seja falada assim alto, pra todo mundo ouvir, quando não é dela que se está falando.
— Como assim?
— É que penne é o macarrão, né? Então. E pênis...
— São dois macarrões!
— Não, pênis é o nome que se dá ao pintinho dos meninos, o pipi. Homens não têm pintinho, quer dizer (gasp cof cof) a gente fala pênis. É o nome certo, científico, oficial. O pintinho, quando grande. Bem, quando pequeno também. Ah, você entendeu.
— !!! (estupefata)
— Então, meu amor, quando você fala alto que "adora penne", já viu, né? Fica esquisito porque quem ouve assim de passagem acha que você está falando que adora pênis. 
— CREDO QUE HORROR!

Passado o susto, rimos muito. Mas quem está no inferno tem mais é que abraçar o capeta, né. Então continuei.
— E não é só o pintinho que tem nome científico. A prexequinha também. É vagina.
— Que nome feio.
— Também acho, mas é o nome. A gente chama de prexequinha, pepeca, essas coisas, quando fala com bebezinho, mas de bobeira, porque vagina é o nome correto, como braço, perna, cabeça.
— ... (pensativa)

Andamos mais um pouco. 
— Mãe.
— Oi.
— O que é cu?
*suspiro*
— Em primeiro lugar, é um palavrão. Não pode ficar falando por aí.
— Tá. Mas o que é?
— O nome correto é ânus. 
— Ânus? Parece ano! Como em "tenho oito anos". 
— Pois é. Mas todo mundo praticamente só fala cu. Mas é feio falar cu. Ânus é o buraquinho por onde sai o cocô.
— Ah! Eu pensava que cu fosse o pipi. O pênis.