quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Nada na cabeça

2004
2006

2006 - 15 dias depois

2008

Eu queria mesmo, mesmo era cortar o cabelo tipo a Jean Seberg como Joanna d´Arc ou como a Mia Farrow em Bebê de Rosemary (de novo - já fiz isso umas dez vezes, a última em 2004, depois que a Nina nasceu). Mas não tenho mais cara pra isso. Vou envelhecer uns 20 anos. Foi-se esse tempo. E outra, estou deixando o cabelo crescer há mil anos e só agora começa a passar do ombro. Mas queria mudar. Todo santo dia de rabão-de-cavalo enrolado como coque. Cansa, e eu já ando tão cansada de mim. Bem, daí fui ao salão (parte do projeto de mudar de estacionamento depende do dono do salão falar com o dono do estacionamento) e ia só pintar as raízes, que já estavam branquinhas (última vez foi no dia 3). E assim meio do nada, ah, vamos fazer mais luzes. O cabeleireiro vem com a água oxigenada e os papeizinhos brilhantes, pergunta "vamos fazer mais forte dessa vez?" e eu, ok, só não me deixe loira.

Adivinha. Fiquei parecendo uma zebra. Pedi um espelho enquanto enxaguava e de lá mesmo, com o pescoço naquele lavatório e à beira de um torcicolo, já adiantei - agora tonaliza pra escurecer que ficou loiro demais. Tonalizar é pintar por cima do descolorido, ou seja, praticamente desfazer o serviço recém-feito, né? De castanho, dourado, caramelo, chocolate ou vermelho?
Vai de vermelho de uma vez. Eu ando mesmo morrendo de saudade do tempo que era ruiva. Saudades do século XX.
Tonaliza, vão mais 20 minutos, e eu tinha reunião às 14h em ponto. Às 13h56 eu saio correndo do salão, agora de cabelos avermelhados. Gostei na hora, não gostei no elevador, desgostei no banheiro. Fiz um rabo-de-cavalo e fui pra reunião.
(marcador: egotrip)
* Ah, eu odeio ter ficado loira. No dia em que fui clarear os cabelos, meu cachorro ficou mais doente. Eu estava tratando dele como se estivesse com um problema de estômago. Saí cedo e voltei à tarde, ele estava bem ruinzinho. Foi levado a outros veterinários e descobriram que era cinomose. E eu lá, cuidando do cabelo, enquanto ele estava sozinho. Odeio lembrar disso, odeio odeio.

11 comentários:

Lola Aronovich disse...

Pois é, parece que tem montes de coisas mais importantes pra fazer na vida que ficar pintando cabelo... Eu odeio cabeleireiro. Vou uma vez a cada seis meses (deveria ir mais, porque o meu cabelo cresce e fica branco rápido), e nem é um salão. É a minha vizinha. Muitas vezes ela usa uma tinta pra tingir que deixa o meu cabelo claro demais, o que não gosto. E umas duas vezes ela usou tinta escura demais, que deixou o meu cabelo AZUL. Mas fazer o quê? Não posso virar uma velhinha de cabelos brancos com 41 anos de idade...

Lola Aronovich disse...

Ah, a Nina é a sua cara. Não dá pra negar.
E gostei muito da primeira foto. Vc ficou bem de cabelo curto. E olha que eu tenho a mesma reação que o marido que vendeu a alma ao diabo em Rosemary's Baby, quando ele vê a Mia Farrow com aquele cabelo curtinho: O que vc fez?!

MegMarques disse...

Eu também já tive esse cabelo "joãozinho" quando era bem mais nova. E adorava. Nos tempos atuais, de fato, não rola.

beijocas

Anônimo disse...

Ah, não fique se martirizando pelo cãozinho, não. Você não tinha como saber a gravidade da situação...

Tenho deixado o meu cabelo beeem curto, só um pouquinho maior do que a sua foto de 2004. Adoro, é superprático e ajuda bastante no verão (aqui tá 40 graus). Só que errei na cor, e agora estou tentando voltar ao natural, mas não lembrava que meu cabelo era tão escuro. Tá difícil de acostumar...

Tina Lopes disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Tina Lopes disse...

Tina Lopes disse...
Lola, porque você mesma não pinta seu cabelo? Quando meu cabelo tá de uma cor só, eu pinto sozinha. Compra uma tinta de marca boa, uma água oxigenada boa, um pincelzinho e experimenta. Aposto que vai se sair melhor que a vizinha. Eu tenho uns 70% dos cabelos brancos, já. Se deixá-los crescer, viro vovó. E não é hora ainda, né? Foi por isso que tentei ser loira, pra dar menos na cara, mas não fui feliz - fiquei com cara de fantasma.

Meg, o Joãozinho quando a gente é bem nova moderniza. Depois dos 35 a gente fica com cara tia do interior que não quer ter trabalho com cabelo.

Oi Cinthia! Que inveja dos teus 40 graus. Aqui chove, esfria, esquenta, abafa, chove... E escurecer o cabelo pode ser tão difícil quanto cortar de uma vez, né?, porque se rolar arrependimento, my god, como é complicado clarear. E estraga o cabelo. Beijoca.

Anônimo disse...

Olha que um curtinho vai bem, e vc é magra para isso. Acho que curto não tem ligação com a idade, mas com o tamanho da bochecha (heheh).

Anônimo disse...

noooossa, que farra capilar! eu já tive cabeos como você:bem curtinhos. mas eu também acho que envelhece. agora deixei crescer um pouco e fiz um corte todo repicado. ficou bom e estou mantendo assim. mérito da cabeleireira, que é ótima, não fica querendo inventar a roda. [no quesito 'brancos', eu tenho sorte. eu contei 3 fios até agora e credito isso à boa genética da família. meu pai custou a embranquecer e mesmo agora - aos 72 - ainda mantêm um grisalho com alguns fios pretos. dimodos que eu nunquinha pintei o cabelo, nem sei como é. vai ser o ó, o dia em que tiver que começar]

ah, não fique se martirizando pelo cãozinho, não. Você não tinha como saber a gravidade da situação [2]

bjs

Tina Lopes disse...

Jô, quando a bochecha cai, a coisa fica feia.

Cris, repicado eu acho tão difícil de arrumar.

E sobre o cãozinho, meu PBzinho, obrigadinhas pra todas. Ontem mesmo chorei de saudades dele.

Anônimo disse...

pois é, mas pro meu tipo de rosto - fino e comprido - foi o que caiu melhor. e eu nem acho difícil. eu lavo, passo o pente pra desembaraçar e fico batendo cabela [aka jogando a cabeça pra frente e pra trás] até ficar tudo soltinho. é uma coisa assim meio penteada-meio descabelada, entende? cabelo comprido e reto me deixa a cara da angelica houston na família adams, hehe.

Amanda Condello disse...

FALTA A FOTO DE COMO VOCÊ FICOU DEPOIS DESSA EXPERIÊNCIA...


amandacondello.blogspo.com