sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

A propósito do Oscar

"- Rá, Sean, perdi o Oscar mas já tinha ganhado o Chinaski muito antes."
"- É, Mickey, se EU tivesse feito o Chinaski, este seria meu terceiro Oscar."


Mickey Rourke e Sean Penn na mesma categoria. Páreo duro. Principalmente porque eu conheço os dois assim, meio de perto. Hohoho, a louca. Desculpa, mas é que eu li Hollywood duas vezes. Naquele livrinho de bolso nosso querido Hank, quero dizer, Charles Bukowski, temos o prazer de ler relatos únicos e sem dó de seus amigos artistas - além de Mickey e Sean, o diretor Barbet Schroeder e Faye Dunaway. Todos com pseudônimos. Mas você lê e sabe de quem se trata, e os conhece melhor. E por incrível que pareça, passa a gostar deles. Livro bom é assim, né?, você sente uma ligação com os personagens.

Hollywood conta os bastidores de Barfly. Desde a obssessão de Schroeder com a filmagem até as conversas particulares com os atores. Bukowski descreve os envolvidos neste projeto naquele seu estilo largadão mas certeiro. Sean Penn ainda namorava Madonna (tratada no livro como Ramona) e se irritava com sua futilidade; queria o papel de Chinaski, mas não conseguiu, acho que por rejeição dos produtores (ele ainda não era famoso). Mickey estava em pleno auge e já se estranhava no papel de galã, queria tornar a carreira mais alternativa - deu no que deu. Se esforçou, engordou, enfeiou. Mas o velho Hank odiou sua performance cambaleante. Um determinado trecho me impressionou mais, quando ele descreve o sorriso frouxo de galã de Rourke. Vou achar uns trechos e postar aqui.


Mas se eu fosse você, leria tudo.

4 comentários:

Andre Viegas disse...

Ih! Eu achava q Bukowski era aquele carinha q se safou de ir para o Vietnã em "Hair"...

:P

Anônimo disse...

deu vontade de ler. um dia, tina. um dia, quem sabe. =)

Tina Lopes disse...

Já já faço um post especial by Bukowski aqui.

mujique disse...

pensei que fosse o Lenine