Como é de praxe, vou contar da festa da escola em homenagem às mães.
Nota para o futuro: chegar meia hora atrasada. Assim eu perco a parte da micagem. As mães todas tiveram que fazer uma roda e cantar, dançar e sacudir TRÊS músicas. Eu naquele mau humor, de cara feia. “Todas sacudindo!!!” e eu ergo o braço. “Abraça a mãe do lado!!” e eu: “oi”. Acho que perceberam minha natureza misantropa.
Até pensei em adiantar a Nina duma vez, mandar pro 1º ano em 2010. Mas olhando em volta, vi que só eu e mais uma mãe estávamos achando aquilo uó. No geral, por incrível que pareça, mesmo sendo a maioria de curitibanos, o povo gosta dessa tal interação.
Daí fomos levadas pro local da apresentação, todas sentadinhas, câmeras nas mãos e tals, vem a diretora e lê uma homenagem às mães. Daquelas bem longas. Dizendo o quanto é difícil ser mãe e trabalhar ao mesmo tempo, não ver os filhos durante o dia, ter que deixar com estranhos, levar no pronto-socorro de madrugada, fazer comida, e ao mesmo tempo ser profissional... #gorfo, enfim. E a mulherada ao meu lado tudo chorando. Balançando as cabecinhas, concordando.
Bem, uns 40 minutos depois, finalmente, a apresentação. A Nina de cabelo preso com trancinhas: odeio quando prendem o cabelo dela. Bem, ela fica lindinha, mas eu quero que ela goste dos próprios cachos e como, se as tias fazem questão de tentar domá-los? O pior é que botam aquele gel New Wave, maldita invenção dos anos 80, cheio de purpurina. Vai lavar isso depois pra ver que dureza – acho que é vingança das professoras. O ninho de coruja fica dois dias brilhando.
A música da apresentação eu já contei, é aquela aberração de “quando Deus te desenhou ele tava namorando na beira do mar”. Deus estava namorando. Na beira do mar. Então Deus primeiro criou o mar, depois uma parceira (o) pra namorar, e finalmente resolveu criar a musa do Armandinho. Ok.
As crianças entraram, de uniforme e de mãozinhas dadas, aos pares. O par da Nina, tadinho, em estado de choque. Tem criança que não leva jeito, não adianta, não gosta desse tipo de circo. Eu era assim. Quase morri quando fui uma interjeição na peça “Emília no País da Gramática”. Correndo e gritando “eia” (trauma).
Ops, voltando pra Nina. Ela dançou e cantou como pôde, chacoalhando o menino. A música realmente é comprida e as crianças foram perdendo o ânimo lá pelo meio. Faziam uns gestos de por a mãozinha no coração, desenhar um coração no ar e outras variações, digamos, cardíacas.
Acabando a música, as crianças tinham que entregar um coração (!) de papel pra cada mãe e voltar pra seus lugares, esperando a outra turminha. E eu achando que seria uma só. Que nada. Bem, obviamente nem prestei atenção na segunda apresentação. Eu não sou tão chegada em criança, gosto da minha e mais uma meia dúzia e olhe lá. Assim, em bando, é tudo igual.
Depois que acabou a tortura – esses eram maiores e tinham um chapéu de papelão na cabeça, tcharans, em forma de coração – as crianças podiam pegar o presente das mães e correr pro abraço. O que a Nina, a neurotiquinha, faz? Fica do lado da tia/profe esperando a poeira baixar. É muito superior, Ninotchka Fedorovna, pra se enfiar no meio da turba, gritando “mamãe te amo”, como as outras coleguinhas. Depois que estava todo mundo saindo ela veio. “Oi, mãe. Me espere que vou brincar com as amigas”. Largou o presente comigo e saiu correndo. À homenageada só restou obedecer e tirar umas fotinhas.
Ah. O presente não era um porta-retrato, era um caderno de receitas com a tal foto das duas colada na primeira página. E uma receita de bolo de banana. Amanhã faço um pideite e coloco as fotos aqui.
Nota para o futuro: chegar meia hora atrasada. Assim eu perco a parte da micagem. As mães todas tiveram que fazer uma roda e cantar, dançar e sacudir TRÊS músicas. Eu naquele mau humor, de cara feia. “Todas sacudindo!!!” e eu ergo o braço. “Abraça a mãe do lado!!” e eu: “oi”. Acho que perceberam minha natureza misantropa.
Até pensei em adiantar a Nina duma vez, mandar pro 1º ano em 2010. Mas olhando em volta, vi que só eu e mais uma mãe estávamos achando aquilo uó. No geral, por incrível que pareça, mesmo sendo a maioria de curitibanos, o povo gosta dessa tal interação.
Daí fomos levadas pro local da apresentação, todas sentadinhas, câmeras nas mãos e tals, vem a diretora e lê uma homenagem às mães. Daquelas bem longas. Dizendo o quanto é difícil ser mãe e trabalhar ao mesmo tempo, não ver os filhos durante o dia, ter que deixar com estranhos, levar no pronto-socorro de madrugada, fazer comida, e ao mesmo tempo ser profissional... #gorfo, enfim. E a mulherada ao meu lado tudo chorando. Balançando as cabecinhas, concordando.
Bem, uns 40 minutos depois, finalmente, a apresentação. A Nina de cabelo preso com trancinhas: odeio quando prendem o cabelo dela. Bem, ela fica lindinha, mas eu quero que ela goste dos próprios cachos e como, se as tias fazem questão de tentar domá-los? O pior é que botam aquele gel New Wave, maldita invenção dos anos 80, cheio de purpurina. Vai lavar isso depois pra ver que dureza – acho que é vingança das professoras. O ninho de coruja fica dois dias brilhando.
A música da apresentação eu já contei, é aquela aberração de “quando Deus te desenhou ele tava namorando na beira do mar”. Deus estava namorando. Na beira do mar. Então Deus primeiro criou o mar, depois uma parceira (o) pra namorar, e finalmente resolveu criar a musa do Armandinho. Ok.
As crianças entraram, de uniforme e de mãozinhas dadas, aos pares. O par da Nina, tadinho, em estado de choque. Tem criança que não leva jeito, não adianta, não gosta desse tipo de circo. Eu era assim. Quase morri quando fui uma interjeição na peça “Emília no País da Gramática”. Correndo e gritando “eia” (trauma).
Ops, voltando pra Nina. Ela dançou e cantou como pôde, chacoalhando o menino. A música realmente é comprida e as crianças foram perdendo o ânimo lá pelo meio. Faziam uns gestos de por a mãozinha no coração, desenhar um coração no ar e outras variações, digamos, cardíacas.
Acabando a música, as crianças tinham que entregar um coração (!) de papel pra cada mãe e voltar pra seus lugares, esperando a outra turminha. E eu achando que seria uma só. Que nada. Bem, obviamente nem prestei atenção na segunda apresentação. Eu não sou tão chegada em criança, gosto da minha e mais uma meia dúzia e olhe lá. Assim, em bando, é tudo igual.
Depois que acabou a tortura – esses eram maiores e tinham um chapéu de papelão na cabeça, tcharans, em forma de coração – as crianças podiam pegar o presente das mães e correr pro abraço. O que a Nina, a neurotiquinha, faz? Fica do lado da tia/profe esperando a poeira baixar. É muito superior, Ninotchka Fedorovna, pra se enfiar no meio da turba, gritando “mamãe te amo”, como as outras coleguinhas. Depois que estava todo mundo saindo ela veio. “Oi, mãe. Me espere que vou brincar com as amigas”. Largou o presente comigo e saiu correndo. À homenageada só restou obedecer e tirar umas fotinhas.
Ah. O presente não era um porta-retrato, era um caderno de receitas com a tal foto das duas colada na primeira página. E uma receita de bolo de banana. Amanhã faço um pideite e coloco as fotos aqui.
36 comentários:
"Faziam uns gestos de por a mãozinha no coração, desenhar um coração no ar e outras variações, digamos, cardíacas." hAIHAuihuiaHUIAhau,mto boa!!
Nossa,de verdd, se um dia eu tiver filho qro ser uma mãe tipo vc (Senhor,vc deve ouvir MTO isso!heuheuheue)
Ai Tina, você é óoootima mesmo!!! Rachei de dar risada com esses dois pots!
Eu tenho mais sorte que você, a escola da Clarice não faz festa de dia das mães ou dos pais, segundo eles para evitar constrangimentos àqueles cuja mãe ou pai é ausente (caso da minha filhinha em relação a pessoa que contribuiu com com o outro cromossomo X na sua concepção).
Mas ainda assim, tem a lembrancinha, que eu não recebi ainda (ela faltou hoje, ficou doentinha..) Mas me pediram a tal foto "mamãe e filhinha", então depois te conto se é um porta-retrato, um livro de receitas, um cartão...
Um beijo e outro na sua fofa!
auhauauhaa, será que isso é mal de libriano? eu também não curto criança, só uma meia dúzia delas e olhe lá. deve ser por isso que só tive um filho. cá pra nós, essas apresentações são muito constrangedoras, putz. devia ter projeto de lei proibindo o mico imposto aos papais e mamães, né? quero ver fotinhas. bjs
Escolinha é tudo igual. Na da Betina, pelo menos era a música do Lulu Santos, que falava de sereia, mar.Ops, seria Lulu Santos o Armandinho dos anos 80! Viva nós, histéricas, irônicas, inconformadas, neuróticas, mas mães, sempre mães. Bjos
Delícia de crônica, Tina! Adorei as "variações cardíacas". Olha, nessas horas eu fico muito feliz de não ter filhos e não ser obrigada a ter vida social...
Adorei a crônica, ótimo momento pra me lembrar que laqueadura é um bom investimento pra não ter de suportar esse tipo de "festinha" (pra quem?) no futuro...
E... caderno de receitas? Se a mãe odeia cozinhar, como é que faz?
kkkkkkkkkkkkkkkkk
Amei a Lola ter me recomendado esse texto. Altamente cômico! Ate melhorou meu dia!
Flá, eu já contei que sou braba e dou umas palmadas de vez em quando... mas obrigada. ;)
Michele, depois conta qual foi o presente? Lembro que ano passado tinha um pai que ia em todas as festas e homenagens, era constrangedor pra ele, coitado, e as máes ficavam se perguntando se ele era viúvo ou o quê. Acho festa em escola um negócio legal, desde que náo envolva as famílias - tipo festa junina, de páscoa, natal etc.
Cris, o duro é que acham que por ter UM filho a gente aguenta todos os filhos dos outros.
Jô, você é uma romântica... parabéns, honey.
Lola, o interessante de ter filho é justamente que a gente se obriga a fazer coisas que jamais faria, sozinha. Geralmente sáo coisas boas.
Cyn, o caderno de receitas já foi cooptado pela Nina.
Asnalfa, você aqui? Entáo bom domingo!
rs.
Deve ser um saco mesmo, qdo não é chegada em criançaS. Ao contrário, eu acho isso tudo muito legal, e muito divertido. Adoro, e dou gargalhadas, ganho o meu dia. Como teacher e sendo mãe. Então imagina. Quando o meu mais velho, entrou na 1a. série aqui na escola japa, então, putz, aqui é ´O´ acontecimento o primeiro ano. Tem todo um ritual e tudo, é até um pouco cansativo, pois é muito formal aqui, mas tirando isso, cara, demais da conta. Me emociona.
Abs
madoka
Ah, Madoka, mas meu problema não é com as crianças! Ter que pular e abraçar gente estranha é q é uó.
Exatamente: as crianças são fofinhas, fazendo qualquer micagem. Agora, adulto fazendo rodinha, abraçando gente que nunca viu na vida... ai, detesto com todas as forças. Odeio interação social forçada. ODEIO.
(mas o texto ficou muito engraçado, imaginei tua cara de c* durante a palestrinha da diretora, ahahahahaha)
Hahaha, achei muito engraçada a sua explanação de dia das mães!!!
Tina, morro de rir contigo. Agora pense na minha situação: não tenho filhos mas sou obrigada a passar por algo semelhante porque o meu marido faz questão de ir a todas essas tranqueiras escolares dos sobrinhos. Quando fico sabendo que vai ter apresentação de qualquer meleca sofro semanas por antecipação, me sinto indo para a forca.
Não há variações cardíacas que me salvem. :D
hahaha miacabei de rir aqui... texto MARAVILHOSO, agradeço à Lola por ter nos presenteado assim ^^
ADOREI!
Pois é, dá para ser mãe e não ser idiota, né? kkkkkkkkkkkkkkk
Também passei por várias dessas festinhas, achava um mico, mas não pedi nenhuma. Hoje, filhão tá ficando adolescente e sou eu que sou o mico kkkkkkkkkk.
A gente se diverte muito junto. Ele acabou tendo uma vibraçao muito parecida com a minha.
adorei seu texto. Só não vou votar já nele (no concurso da lola), porque ainda tenho uns muitos para ler antes.
Mas, tá dito, nota 10!
Muito bom...rs...como professora e mãe, assino embaixo.;0)
Quanto às dancinhas constrangedoras...eu já trabalhei em uma escola onde nós, os coitados dos professores, tínhamos que cantar uma músiquinha para os professores que estavam chegando na casa. Uma tortura pra todos, claro.
Beijos.
Também amei o post! Morri de rir aqui sozinha! Beijos!
Oi, Tina,
Cheguei aqui pelo Escreva Lola (aonde cheguei pelo Pequeno Guia Prático) e adorei seu estilo mau-humorado de escrever ;) Totalmente me identifiquei, sou meio indiferente ou até avessa a crianças se elas forem muito chatinhas ou estiverem em bando. E estou contando os dias pra chegar minha menininha (essa sim, vou amar!). E essas atividades interativas com desconhecidos ninguém merece mesmo.
Olá, Tina. Entrei pelo "Escreva Lola". Acehi muito engraçado!!! Huahuahua. Não sei porque nunca teve festinha de dia das mães na escoal de meu filho. Nós só recebemos lembrancinhas...Dia´rias. Coração de E.V.A., coração de papel, saquinho com 3 corações de E.V.A. Uma beleza! Ah, sempre há uma foto onde meu pequeno aparece triste com o cabelo espetado de tanto ser escovado. Huahuahua. Como vc diz UÓ!
AHHHHHHHHH!
Primeira vez aqui, mas, desculpe: já te amo!
hahaha... Como pedagoga, morri de rir... Também odeio as macaquices destas festas...!
Ola Tina!
Cheguei neste post via concurso de blogs da Lola e não resisti, tive que deixar um comentario! So para vc saber que não são so as mães que acham essas apresentações breguérrimas, algumas professoras também! Eu dei aula pra crianças até seis anos e como minha area é o teatro, eu seempre queria sumir quando as outras professoras vinham com essas idéias pra la de ultrapassadas de homenagens purpurinadas e coreagrafadas! Depois de muito insistir, consegui mudar a cara da festa de fim de ano, ao inves das dancinhas, fizemos uma peça com todas as crianças (que perticipavam na medida da vontade e idade) e adivinha! Os pais adoraram!!!
Existe uma luz no fim desse tunel!!!
Pelo menos se depender de mim...
Adorei o post (ainda mais agora que
também sou mãe)...
Prazer em conhecer teu blog!
Ufa, alivio... finalmente achei um blog de mãe com o qual me identifico... não suporto as macaquices. No ultimo dia das mães, meu filho não conseguiu se apresentar como ensaiou, pq ficou pasmo com o choro convulsivo de uma mãe de coleguinha. Convulsivo, mesmo. A mulher parecia uma louca. acho que algumas mães sente-se meio que na obrigação de mostrar uma emoção tresloucada, sei lá, desproporcional, como que para provar o quanto amam os filhos. E o que dizer de certas reuniõs de pais?
Ah, tambem cheguei aqui pelo concurso de blogs da Lola. Lolinha, minha leitura diaria...
hahahahaha. murri. e eu pensando que só eu achava catéssimas aquelas festas de escola? o meu mais novo, Victor, ODEIA, não se apresenta nem a pau desde os 7 anos ( vai fazer 11) as professoras odeiam, óbvio. eu o entendo completamente. aquilo é chato e só escolhem músicas idiotas, nem pra ser uma arca de nóe da vida ( toquinho e vinícius, música de criança mesmo) ou um rock, os meus adoram rock. tascam um claudinho é buchecha ( é, já tive essa). o Victor me entrega o presente e fala: olha nem fui eu que fiz, sinceridade pura!
cheguei aqui via Lola e amei. bjs
Uau! quanta sinceridade! Devo ser horrível passar por tudo isso e não fazer nada pra mudar desse ambiente. Será que não existe um estilo de escola mais compativel com estilo de mãe que vc é???
Cheguei aqui através do Blog
Desabafo de mãe...
Teu blog é ótimooooo e tua sinceridade rsrsrsrsr é melhor ainda!
Bjoooo
Tina texto bom demais! poderia ter umas boas paginas que eu continuava a ler na boa!
haha... filha de peixe peixinho e!
entendi porque o texto ta tao brm votado la la Lola! vc escreve mucho bem!
ah! me identifiquei sobretudo com vc dizendo que nao e louca por crianca... haha.. eu me pego assim louca pelo meu... e mais ou menos interessada nos filhos de algumas amigas... mas nao consigo ficar pegando, beijando falando... ai ti bunitinho... eu acho que elas sao mesmo iguais quando nao sao da gente...
e vivo dizendo isso pra uma amiga que ainda nao tem filho.. ela diz que nao pensa em ficar muito tempo com a crianca depois do parto... dai eu disse: entendo! mas vc diz isso pensando no meu filho, nao e o seu ainda!
rs
Nossa, nunca tive tantos comentários! Vou tentar responder tudo.
Srta. T, Clau, Devathai thanks!
Pati, aguentar por sobrinho é dureza, hein? Dedicação total Casas Bahia. Afe.
aiaiai, acho que tem que participar sim, pai e mãe é pra isso, pra alegria e pro mico. ;) Depois a gente se arrepende de não ter fotos ou lembranças.
Vivien, na maior parte das vezes, entre as crianças pequenas, as músicas são sucesso, né? Quanto mais ridículas, mais elas gostam.
Amanda, eu rio pra não estressar. Não adianta mesmo!
Lia, vai ter uma menininha? Parabéns! Eu prefiro as meninas. Sério. Achava que seria muita frescura pro meu gosto, mas no geral, elas são muito espertas. A Nina foi a primeira criança que eu peguei no colo de verdade - antes, só tirei foto com priminho lá pelos 11 anos. Quando é da gente, é outra coisa. Te garanto que vale a pena, e olha que eu nem queria me aventurar nisso até 6 anos atrás... Bjk!
Cris Prates, é incrível como tem coração pra tudo, né? Uó!
Isabella, obrigada! Ah, mas quer saber, eu falo que "odeio" mas não odeio não, é jeito meu. Na verdade, acho necessário, no fundo a Nina adora me ver lá, me estrepando. Faz parte, diria o filósofo BBB.
Oi, Mariana, sabe, minha família toda é de professores - mãe, marido, irmã, tias, primas, afe, só eu escapei. Então sei bem o quanto elas acham chato tudo isso. Aliás, eu ouvia todas elas reclamando, quando eu era criança, e a coisa já perdia toda a graça pra mim. Por isso faço questão de reclamar - e exagerar, claro - só aqui no blog. Porque não sou eu que vou acabar com o encanto da coisa, né? Daqui a pouco a Nina cresce e começa a achar chato também.
Karina! Reunião de pais é um castigo! "Minha filha faz isso, meu filho já faz aquilo". E todo mundo mentindo como é bom, ou como um probleminha é enoooorme. Ai, que saco. Não suporto mãe de porta-de-escola. Eu confio na escola da Nina, entrego ela e pronto: não fico dando batida, exigindo, cercando. Interessa é: ela sai de casa feliz e chega feliz. Então tá bom.
Ô Iaiá! Quem me dera Claudinho e Buchecha - avião sem asa, fogueira sem brasa, sou eu assim sem você! Essa foi cantada no Dia dos Pais, grrrrr. Então, a Nina é peruinha, sabe, gosta de se sentir artista. Não parece minha filha, eu era mais como o teu: fugia de tudo, morria de vergonha. Acho que vou mandar fazer um DNA. =D
Ceila Santos, a escola é ótima pra Nina, é o que importa. Por incrível que pareça, como contei no texto mesmo, a maioria das pessoas gosta muito dessa interação. Eu que sou mais misantropa - acho que nós aqui nos comentários somos parecidas, mas somos minoria mesmo, não adianta.
(O Mundo de) Danica: nossa, eu nem conheço o Desabafo de Mãe, com esse nome deve ser bom, hein. Obrigada. Sinceridade e panqueca de ricota é comigo mesmo. ;)
Somnia, obrigada. Quanto a essa adoração por criança, pô, eu acho muito legal quem gosta, adora criança - minha colega de trabalho até se oferece pra ficar com a minha, assim, só porque curte. Mas não é meu tipo não. Nunca brinquei de boneca, nunca me interessei pelo que as crianças são ou querem. Até ter a minha, claro. Mas também não despiroquei, não virei mãe doida, que só vive em função da filha. Dá outro post, né? Tipo, depois do parto foi bom ficar em casa, mas eu não aguentava mais ficar só de moleton e sem trabalhar, sem ver adulto, saca? Ô vida louca. Bjk!
Que demais ver tanta gente comentando por aqui!
É, vou confessar que eu que indiquei o post da Tina pro concurso... Também, a bandida não indicava, e eu queria este post no concurso de qualquer jeito! Aí tive que procurar em todo o blog até encontrar. A Tina só me dá trabalho...
Hahahaha, que legal, Lola, eu nunca ia imaginar mesmo.
Tina,
Cheguei aqui atraves do Desabafo de Mãe mas vou ficar de olho no teu blog....ADOREI o texto !!
E concordo em pleno, até as crianças passam vergonha, na frente de toda aquela gente rsrsrs
bjs
Ei Tina. Essa sua crônica eu ainda não tinha lido. E confesso que agora não me sinto tão ET. Também não sou tão chegada a criançada. Tem umas que meu santo não bate. Dia desses, minha cunhada desabafou. "Agora você está bem mais carinhosa com as crianças. Antes dava até dó, você só brigava com eles e quase não dava bola pros coitadinho." No caso, os meus sobrinhos, filhos dela. Me senti o óh. Mas fazer o que? Melhor ser sincera néh. Agora eles conversam mais do que choram e estão bem mais divertidos. Bj,Ana.
Tenho um filho de 13 anos que graças ao bom deus já passou da idade de "festinha das mães". Eu acho tudo uma BOSTA: mães retardadas, crianças insuportáveis, músicas medíocres (e q aqui em Salvador, quase sempre só colocam axé ou pagode, blargh)... e ainda bem q meu filho tbm nunca suportou estas palhaçadas!!!
Lembro-me da única festinha de mãe q fui na vida. Ele tinha uns 7 anos. Crianças foram discretamente empurradas numa fila para falarem coisas bonitinhas no microfone para suas mães. Muitas delas não queriam e mesmo assim foram forçadas (acho ridículo como nada muda na Educação =/ ). Depois de um monte de criança irritante falando baboseiras como : "Mamãe, vc é a flor da minha vida!", umas tantas chorando, e outras escapando sorrateiramente, meu filho foi ao microfone e tascou: "Não quero falar nada, isso aqui tá um saco!!!", para constrangimento total das professoras.
Gozei. E ainda tive que disfarçar minha vontade de rir gostosamente!
Parabéns pelo texto! Me identifico totalmente!!!
Vim aqui por indicação do prêmio da Lola...seu jeito de escrever é engraçadamente irônico, mas a minha maternidade é bem diferente da sua, a minha é divertida e minha filha tem liberdade para dizer teamo em qq lugar, outro dia dentro do ônibus, do nada se virou e me disse teamo...sua filha com certeza teamo muito, não estranhe se ela quiser expressar, é amor mesmo!
dias melhores e festas melhores para você, ou melhor, que você não precise se meter em festa que não gosta...agora é bem doloroso quando os pais não aparecem, e quase tão dolorosa é a angústia daqueles minutos sem saber se vem ou não... durante o ano passado vi uma menina na escola da minha filha, passar por isso 2 vezes, o silêncio dos olhos dela era de doer... mas eu percebi e pude cuidar, fiquei com ela na primeira vez, na segunda vez, não acreditei que iam fazer isso de novo...mas o irmão chegou antes do fim, como os olhos dela voltaram a brilhar com alegria...
enfim, amor, o negócio é bão sim, se deixe experimentar mais...sei lá
Postar um comentário