terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Atualizando

Então eu passo meses contando da reforma e não mostro o resultado final. Faço suspense sobre a apresentação da Nina e sonego posts com as tradicionais fotinhas. Conto que o pandeiro de presente fio um vexame e não explico.

O que está acontecendo com Tina Lopes?

Cansaço.

A reforma e a pintura acabaram, mas ainda falta a arrumação. Afinal, levamos tudo - das calcinhas, documentos, livros até os brinquedos, panos de prato, enfim tudo - lá pra trás, no Espaço Fitness Gourmet. Levar foi mole: trabalho de um dia inteiro. Agora, trazer de volta, é refazer a mudança. Porque tem que reorganizar tudo. Véspera de Natal, quase tive uma crise de choro depois de duas horas tentando enfiar o sofá de 3 lugares na salinha de TV. Não conseguimos. Voltou pra churrasqueira. É o nosso gigante da Ilha de Páscoa às avessas, misterioso: como diabos os carregadores conseguiram colocá-lo pra dentro, e depois pra fora?
Mas posso dar ótimas notícias a quem acompanha a saga. E que porventura já não esteja adiantando o porre de prosecco.
O aquecimento solar foi um grande investimento, em todos os sentidos. Temos tido dias ensolarados de verão e outros nem tanto, porque afinal estamos em Curitiba, uma espécie de purgatório dos pecadores do lado de baixo do Equador. Mesmo assim, os banhos são quentes e de jato forte. Sim, conseguimos: morando em casa, temos chuveiros de hotel.
Vocês não têm idéia do quanto isso pode ser emocionante. O tanto de banho frio, gelado, que já tomei nessa vida. É um prazer inenarrável. Não estou exagerando. Além disso, estamos economizando barbaridade de luz; por outro lado, nunca tomamos banhos mais demorados. Mas isso deve passar, é uma jacuzice inicial, depois o deslumbre acaba e voltamos aos nossos banhos racionais.
Outra coisa. A pintura da casa ficou maravilhosa. Quero dizer, tratando-se o pintor de quem é (vide abaixo), claro que tive de passar quase um dia inteiro de joelhos, tirando manchas e gotinhas de tinta do chão. Com uma faquinha e uma esponja de dois lados, verde e amarelo, sabe?
O que importa, as cores, ficaram além da expectativa. O verde na salona criou um aconchego, rebateu a luz excessiva, ficou até chique. O cinza-azulado do escri, perfeito. O rosinha-chiclete-mascado do quarto da Nina, fofíssimo e não cansativo. O marrom escuro do quarto também deu um equilíbrio que faltava ao ambiente. E o rosa-avermelhado da cozinha - tcharans! - ficou lindo lindo lindo.
Esse merece um parágrafo à parte.
Dona Ana, na hora que viu a pintura começar, quase desmaiou. "Tá escuro! Tá escuro!", se assustou. Marido meio que ficou em dúvida. No final, ficou ótimo, destacou as esquadrias, portas e móveis brancos e ora, ficou ousado, diferente. Adorei.
Até os incrédulos - dona Ana, minha mãe, a vizinha - acabaram admitindo a boa surpresa. Legal, né?
Juro que coloco fotos antes do ano acabar. Depois que terminar a arrumação.
Sem contar que estou de castigo no trabalho, fazendo plantão das 8h30 às 18h até quarta-feira.

***



A apresentação da Nina foi muito muito fofa. Daquelas que nem dá pra tirar muito sarro porque realmente foi caprichada. O tema foi circo. Os bebês, de elefantinhos orelhudos, estavam o máximo. Ela arrasou - e me assustou, porque estava tão séria que imaginei ter brigado antes de entrar no palco. Que nada. Perguntei o que foi e ela "eu só tava concentrada, mãe, pra não errar". Linda de bailarina. Só que as fotos ficaram um desastre. Devido à desarrumação da casa acabei não achando a câmera e tentei registrar com a câmera do celular. Que é uma droga. Pensei em usar o celular da minha mãe, que é simplinho mas tem uma câmera melhor do que a do meu Palm, mas ela não conseguiu chegar ao teatro: não havia táxis naquele dia! Era véspera da véspera de Natal, né, então a cidade parecia um formigueiro.



Ninotchka & amiguinha.

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Ah, sobre o Natal. Levamos a Nina dois dias antes a uma loja de bicicletas para ela experimentar o tamanho - não sabíamos se o ideal seria aro 16 ou aro 20 (ser mãe é fazer escolhas fora das normas da ABNT). Daí ela subiu, andou na menor; aro 20 ficava melhor mas não tinha modelo com rodinha, o dono da loja mandou colocar as rodinhas etc. etc. e quando vimos, já estava de capacete cor-de-rosa de fadinhas na cabeça, escolheu buzina fom-fom... Ficou meio ridículo deixar tudo na loja e esperar que o Papai Noel mandasse uma bike igual. Perguntamos, quer ganhar do Papai Noel ou quer que mamãe e papai te dêem essa? Claro que ela quis sair da loja com a bicicleta. Mas avisamos: agora só pode pedir o pandeiro pro Papai Noel (eram os dois pedidos originais). Ok. Fizemos a cartinha e colocamos na árvore de Natal da casa da minha mãe, porque ainda não tínhamos voltado a dormir em casa.


"Pode ser de gato" porque eu disse pra ela que pandeiros de verdade são feitos de couro de gato - ela achou uma graça danada e disse que queria um pandeiro de Mimi. Só depois eu me dei conta que não é pandeiro, é tamborim - como na música do Noel.

No dia 24 fizemos como manda a boa e velha tradição ocidental: biscoitos pro Papai Noel debaixo da árvore, crianças ansiosas indo mais cedo pra cama; eu fiquei encarregada de colocar os presentes debaixo da árvore. Mil presentes. Ricardinho acordou primeiro e foi correndo chamar a Nina. Uma festa. Antes das nove da manhã, mas fazer o quê. A Nina ganhou da avó os bonecos Charlie & Lola; da tia, um Ken (pra namorar as Barbies) e duas roupinhas de Barbie, sendo uma de noiva (meu lado feminista, derrotado, cortou os pulsos). Do Papai Noel myself, ganhou um pandeiro e uma roupa nova pra Cidinha, a boneca velha que ela a-m-a.
E o pandeiro foi frustrante. Ela queria um de verdade mesmo. Não faz o som que gostaria. No primeiro paticumdum, desmontou. Consertei, em casa, com Superbonder, mas não fez sucesso.
Tudo bem: ela adorou a bicicleta. Só o que me faltava gostar mais do pandeiro...

***

Ufa, me redimi?

4 comentários:

Caminhante disse...

Eu me animei com o aquecedor solar de novo. Muito bom o final da história da reforma! E o pandeiro ela ia enjoar de qualquer forma.

Ronise Vilela disse...

Adorei o rosa chiclete mascado, assim que os fashionistas ditam as cores da moda. Tina, em breve a Impala, Colorama ou Risqué lançam a cor de esmaltes com o codinome Roda Ploc (do estouro da bola do chiclé)

Ufa! Parte reforma, até eu cansei, mas deu tudo certo, então agurdamos a open...

Linda a Nina! Esse ano a Alice participa. Bjs e ótimo 2010. Estou com novo blog, passa lá!

Unknown disse...

Que Odisseia, hein!
Ansioso pra ver as fotos da reforma!

Rita disse...

E eu, o que faço? Escrevi um post outro dia sobre como odeio as Barbies e o que elas representam e bla bla bla e não vou dar uma para minha filha e bla bla bla e meu irmão deu uma para ela no Natal. Pronto. Mas, cá pra nós, ela não muito aí com a boneca, prefere o quebra-cabeças do Charlie e Lola que eu dei - oba! E, em defesa do tio, ele não tinha lido meu post. :-)

Ah, e redenção completa só com as fotos da cozinha, tá?