Quero muito contar do Geléia. Acho que o vejo todo dia. Geléia era, 20 anos atrás, uma criança de rua que jogava bola com os alunos da Reitoria e comia seus restos - ou alguns pratos inteiros, às vezes - dos lanches e almoços do RU. Reitoria é onde se concentra o pessoal de Humanas da UFPR. Geléia era uma piada, alguns tinham pena, outros tinham nojo dele. Um guri feio, gordinho, ranhento, que convivia com a nata do futuro pensamento humanístico paranaense, quiçá universal. Pois passo todo dia ao lado do Cemitério Municipal e creio que o guardador de carros que mora naquela praça em frente aos portões é o próprio Geléia. É quase certeza.
Também queria comentar como tenho odiado a nostalgia. Não suporto mais ouvir músicas ou ver filmes anos 80-90. Detesto lembrar do passado. Ao mesmo tempo, tendo completado 40, não quero pensar no futuro. Alguém pensou em crise? Ô clichezinho ambulante.
Sobre minhas amizades e inimizades virtuais. Sobre cadeados virtuais e reais. Block e Unfollow for dummies.
Possibilidades de viagem à vista. Este ano que não acaba. O retorno ao fogão em 2011 e o desafio - como fazer minha filha gostar da minha comida?
Pensando bem, já disse (quase) tudo.
PS - Ainda tem a morte, o suicídio, do Mario Monicelli. Fiquei tão triste e ao mesmo tempo, pô. O cara se mata com 95 anos. Muito a pensar sobre.
4 comentários:
Quando você começou o post, pensei que geléia fosse um cachorro...
Vai lá e pergunta pra ele se ele é o Geleia...
Vou lendo "o guardador de carros que mora naquela praça" e pensando que esse mundo é muito doido.
Bj.
Rita
Caminhante, mas era mais ou menos essa a vibe.
Chá verde com limão! Quanto tempo! Tinha perdido teu link. Mas ó, impossível. Vinte anos é tempo demais, além disso eu só observava, nunca fui amiga do Geléia. Continuo observando.
Rita, pois é.
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