Um livro que eu saiba de cor - ou pelo menos, trechos. Bem, não existe. Já houve. Vou contar uma historinha triste da minha adolescência na roça. Naquele tempo não havia xerox. Ou se existia, não estava a meu alcance. As provas da escola eram feitas no mimeógrafo, por exemplo, e assim como a Bíblia nas aulas de catequese, as apostilas e livros deviam ser copiados à mão, em rascunhos e depois passados a limpo nos cadernos. Quem dera me fossem devolvidas as horas que perdi, criando calos nos dedos. Mas havia aqueles que eu amava e que não me pertenciam. Pra esses eu tinha meus próprios cadernos. Num deles, copiei capítulos inteiros dos mais diversos estilos. E naquela época eu ainda gostava de poesia. Repassei várias, em canetas coloridas - e esse trabalho, além da releitura, me fazia decorá-las. Lembro de Ferreira Gullar, Pablo Neruda, até Juó Bananere. Sabia uma boa parte de A Tabacaria de cor, por exemplo. Hoje só lembro de "come chocolates, pequena". Como diz a minha amiga @cris_witt, gente, eu não lembro o que comi de almoço, ontem.
5 comentários:
Ditto ;)
sua letra ficou bonita, com tanto exercício? a minha era até redondinha, desenhada, mas o tempo deteriorou, ;-)
Acho que pra esse dia minha resposta vai ser fuéeennn (a não ser que conte saber umas 3 frases do Chefão)
Que que aconteceu contigo e com a poesia nesse meio do caminho?
Ah, eu gostei disso...rs
Eu só sei pedaços, nunca fui leitora de poesia.;0)
Li tanto e tanto Eça, que identifiquei imediatamente o trecho que aparece no clip "amor i love you" e comecei a falar junto com ele, tomada, hahahha.
Tinha decorado e não sabia.
Mas já devo ter esquecido, junto com outros esquecimentos.
Lu, minha letra era linda, hoje, se me esforçar, ainda consigo fazê-la redondinha.
Carolina, não sei, mas a poesia perdeu lugar na minha vida.
Vivien, a gente esquece mais o que não gostaria.
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