Eu ia tacar o Fugindo do Inferno aqui. Um clássico que a gente assistia com a família, no horário nobre da tv, nos anos 80. Elenco estelar encabeçado por Steve MacQueen, astros em fuga de um campo de prisioneiros alemão, cavando um túnel, enquanto o rebelde bate bolinha na solitária. Até Bart Simpson já fugiu como eles. Mas é pouco: é entretenimento, não guerra. Daí pensei no Tarantino e seu Bastardos Inglórios. Uma homenagem ao gênero nos anos 40-50. Porém ainda se trata da Segunda Guerra e dela o cinema se ocupou em reforçar a imagem Mundo x Hitler, preto no branco. Aí pensei em citar o impecável Cartas de Iwo Jima. Clint Eastwood é f*** e faz um filme americano sobre a visão japonesa de uma das últimas batalhas, e de repente o drama deles é o nosso. Então se é pra universalizar o tema, fiquei tentada a lembrar de Henrique V, com Kenneth Branagh, que saudade dele. Mas não adianta. Guerra é horror, guerra é o fim da razão, guerra é Apocalypse Now. Porque os coroneis Kilgore e Kurtz são eternos, mesmo que mudem as guerras, que a tecnologia tire do ar os helicópteros. Naquela madrugada de alguns poucos anos atrás, quando víamos Bagdá amanhecer num silêncio de passarinhos, aguardando o bombardeio americano, eu só lembrava da Cavalgada das Valquírias.
Infelizmente não consigo configurar o vídeo de uma das cenas preferidas, mas tá aqui no tubis.
É esse também o filme preferido da Lu e ela lembra bem que, assim como O Bebê de Rosemary, ele está rodeado de histórias incríveis e tenebrosas. Coppola, que era um cara com moral quando começou a rodá-lo, brigou com todo mundo e faliu - não só pessoalmente, mas ao estúdio, se não me engano (ainda não li aquele livro). Martin Sheen enfartou, o elenco sofreu com as tempestades de verão nas locações. A arte exige sacrifícios, e Apocalypse Now é a obra-prima de Coppola.
11 comentários:
Ah, esse tb seria o meu, com certeza!
Eu pensei nos 12 condenados, mas também achei que era mais entretenimento que guerra. E que post fodástico, baby.
O livro do Conrad que deu origem ao filme também é muito bom. No coração das trevas.
Também gosto de Platoon. Além da linha vermelha me dá sono. A Queda também é muito bom, mas não é muito sobre a guerra propriamente dita, né? Eu gosto também do Resgate do soldado Ryan. E se for pra apelar, o "Glória feita de sangue" e o "Nascido para Matar", os dois do Kubrick, são ótimos :)
Ai, André, eu ia também citar Nascido pra Matar mas esqueci. Não vi Glória Feita de Sangue mas pretendo corrigir essa falha logo. Platoon é legal, mas revi outro dia e achei datado. Também vivo tentando lembrar de achar esse livro.
Eu não sei o que escolher pra filmes de guerra. Eu não vejo filmes de guerra =/
Tina, uma dúvida: não tô conseguindo captar bem a diferença entre a "maior roubada cinematográfica" e o "filme mais traumático".
Ufa! acertou hein!
Eu acho que ficaria em dúvida entre Apocalypse Now e Além da Linha Vermelha.
Deise, a maior roubada é um abacaxi que parecia grande coisa. O traumático é aquele que, por algum motivo, vc não vai querer rever, ou sofre demais com ele.
ah, sim, entendi =)
OS DOZE CONDENADOS!!!!!!!
Aqui o meu voto é certeiro: Lawrence da Arábia. Como eu gosto deste filme.
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