Bye Bye Brasil é o melhor filme brasileiro e ponto. É uma superprodução, mas é pobre. Tem atuações estonteantes de pessoas feias e ridículas, em cenas cruas que podem - ainda - estar acontecendo ali na região metropolitana da sua cidade grande. Tem seu valor histórico, claro. Transamazônica, gente, que grande fonte de pautas e filmes poderia ter rendido - mas ficou só nisso e mais uns dois ou três filmes de qualidade inferior. Quem, às vésperas da Abertura e da Anistia, não se reconheceu no desalento da busca pela Pasárgada, transformada em Altamira, dos artistas mambembes, também malandros e prostitutas, de José Wilker, Betty Faria, Fábio Júnior e Zaira Zambelli - a Caravana Rolidei? Mas para além de sua importância cívica está o que melhor se pode esperar de um filme - diversão, belíssimas atuações, locações, roteiro amarradíssimo (ah, bons tempos sem offs explicativos). Não ganhou a Palma de Ouro em Cannes porque disputou com All That Jazz e Kagemusha, a Sombra do Samurai - aí fíca complicado. Mas merecia. Infelizmente não encontrei meus trechos preferidos na internet para mostrar a quem ainda por acaso não viu - e que se existir, depois me diga se não deixa qualquer outra produção brasileira no chinelo.
4 comentários:
Clap clap.
bj
Rita
Eu amo esse filme e lhe quero um bem ainda maior, baby, por dizer de um jeito tão bonito como ele é digno desse meu afeto.
Na mosca!
Mas "TODAS AS MULHERES DO MUNDO" vem num segundo lugar quase primeiro.
Tina, meu voto iria para "Central do Brasil" - principalemnte por conta da trilha de Jaques Morelenbaum -, mas o seu texto me fez votar com a relatora e ir de Bye, Bye brasil
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