domingo, 6 de novembro de 2011

Dia 6: com o coração na boca (melhor suspense/terror)





Adoro as categorias suspense/terror, desde que me poupem de monstros gosmentos - exceções para Alien (nunca sei em que categoria incluí-lo) e O Enigma de Outro Mundo (idem). Mas nem mil Samaras ou câmeras distorcidas, médicos loucos ou psicopatas, atividades paranormais etc. me farão sentir de novo o impacto - e  o medo - que vivi com O Bebê de Rosemary. Acho que não há quem nunca o tenha assistido e que tudo o que poderia ser dito sobre ele já foi registrado, mas vamos lá. Rosemary se muda para um apartamento no Edifício Dakota, informação que só se tornou relevante anos depois, você bem sabe o porquê*. Vizinhos velhinhos e xeretas se metem em sua vida mais do que o necessário. O marido insiste em deixá-los invadir sua privacidade. Claro, eles são membros de uma seita satânica com a qual ele fez um pacto por fama e dinheiro, em troca de permitir que o capeta itself engravide sua mulher. Rosemary fica grávida, numa das cenas mais aterrorizantes do cinema, na minha modesta opinião - a do pesadelo (está toda aí no link, infelizmente só achei em italiano). O marido e os vizinhos a afastam de todas as pessoas sensatas, ou elas são mortas. Rosemary é frágil demais. Cena impressionante é aquela em que, sentindo dores horríveis, ela pensa em procurar outro médico porque não está aguentando - não está aguentando! E a dor pára. O tempo todo você sabe que ela não tem para onde correr, porque carrega o mal consigo. E ela corre: de pernas abertas, naquele andar de pato típico das grávidas quase parindo. Quando Rosemary percebe o que aconteceu, é tarde: ela é mãe e o diabinho precisa dela. Mãe é mãe, sabe como é.

*Durante a filmagem Mia Farrow se separou de Frank Sinatra; no ano seguinte ao lançamento do filme, a esposa do diretor Roman Polanski, Sharon Tate, foi assassinada grávida de oito meses por Charles Manson e sua gangue; John Lennon foi morto em frente ao Dakota, em 1980, onde morava. Então o filme tem toda uma aura terrível que, digamos, ajuda a tornar a experiência de assisti-lo mais apavorante. E ainda tem a musiquinha... que eu canto de cor.

9 comentários:

Ânderson Luiz Galdino Rodrigues disse...

Historinha minha com o filme. Eu era criança com uns 11 anos e a TV de casa tinha quebrado. Na Globo tava passando um festival de filmes toda noite depois da novela. E tinham anunciado ORCA, A BALEIA ASSASSINA, de Michael Anderson. Eu fiquei louco para ver e pedi para o vizinho me deixar assistir na casa dele. Lá fui eu. Mas eu tinha me enganado e o filme da noite era O BEBÊ DE ROSEMARY. Me lembro até hoje do clima da sessão: pesado, parecia que o dono da casa não tava aprovando muito a coisa, mas deixou rolar até o fim. Sou fã desde aquela época.

Anônimo disse...

Não vejo nem pagando! =(
klaudioca

Luciana Nepomuceno disse...

Polanski é daqueles diretores que eu sempre esqueço de citar mas que fez algumas coisas que realmente causaram impacto em mim como Lua de Fel, Chinatown e essa sua escolha primorosa. Esse filme vi só uma vez e nunca pensei em rever, mas a sensação de agonia que aquele prédio me dava...não esqueci.

Marissa Rangel-Biddle disse...

Não vejo nem pagando! =( [2]

Tina Lopes disse...

Clau, Mari, eu faria vocês verem todinho comigo =)

Deise Luz disse...

O Bebê de Rosemary = Maravilhoso!
Estou ansiosíssima pelo meu sexto dia. Suspense e terror são minhas paixões.

Augusto Arbustus disse...

Não sei se se encaixa perfeitamente ao gênero, mas eu fico o "Alien", se o critério é "coração na boca", o meu filme é este.

Nicolau disse...

Bela escolha, é meu segundo lugar atrás do Iluminado. Mas a sensação de claustrofobia do apartamento, o desespero baseado só na confusão da Rosemary... É do mal esse filme.

paulo manoel antonio disse...

Tem um filme do Robert Wise que se chama DESAFIO DO ALÉM, que me dá um medo danado!