Tem uma cena no filme O Reencontro que define bem meu momentum. Sabe O Reencontro? Um filme que deveria ser famoso porque todas as mulheres usam cabelos com permanente. E porque foi o primeiro do Kevin Costner, mas ele fazia o morto suicida e seus flash-backs foram cortados.
Anyway. Tergiverso.
A cena emblemática sobre a qual quero falar não é a bela e triste que eu embedei aqui do Youtube. Esta é a cena do enterro do Kevin. Sabe aquela coisa de funeral americano, as pessoas falam do morto, fazem depoimentos etc. Aqui é o mesmo, aquelas declarações engessadas e tals até que uma amiga vai tocar a música favorita do amigo que se matou e pá – tem coisa mais triste que “You Can´t Always Get What You Want” tocado em órgão? Uau.
Anyway. Tergiverso.
A cena emblemática sobre a qual quero falar não é a bela e triste que eu embedei aqui do Youtube. Esta é a cena do enterro do Kevin. Sabe aquela coisa de funeral americano, as pessoas falam do morto, fazem depoimentos etc. Aqui é o mesmo, aquelas declarações engessadas e tals até que uma amiga vai tocar a música favorita do amigo que se matou e pá – tem coisa mais triste que “You Can´t Always Get What You Want” tocado em órgão? Uau.
Enfim (minha palavra favorita). Meu momento é outro. No filme, os amigos se encontram pro enterro do Kevin e, claro, passam o finde juntos. Em certa altura do campeonato a Glen Close empresta o marido pra amiga ficar grávida, já que ela não encontra um bofe à altura da missão de ser pai para um filho seu (como se ela fosse grande coisa, usando colete). O Tom Berenger e a ex-namorada, agora casada, fazem um “memories” básico e o William Hurt, apesar de ser impotente, se aproxima da namorada doida do morto. Então ficam o Jeff Goldblum (que foi recentemente morto e ressuscitado no Twitter) e a Glen, sentadinhos, fumando um baseadinho.
Calma que estou chegando lá.
Jeff Goldblum pega a mão da Glen Close e comenta* “sinto vibrações de que tem alguma coisa acontecendo neste momento nesta casa”.
É isso. Sinto que estão acontecendo coisas ao meu redor e eu não estou participando delas. Que sensação horrível! E ao contrário do filme, não se trata apenas de sexo.
Ok, fim do momento pré-crise dos 40. Sem bronquinhas, por favor.
Se a festa da Nina, que vai acontecer só em outubro, precisa de pré-reserva; se o vídeo institucional do meu trabalho precisa de pré-roteiro, se até casamento hoje em dia tem ensaio, por que não vou entrar em pré-crise?
Só sei que ando me sentindo bem por fora. Mas até que recomendo uns filminhos legais, tá?
That´s all folks.
*É algo parecido, não achei os quotes
8 comentários:
O que acho estranho nos funerais dos americanos é eles servirem comida pros convidados como se fosse uma festa. Aqui no Brasil é uma choradeira só, amante fazendo escandalo que tem filho e quer pensao,... um horror.
Tina, ai vai o comentario de uma recém 4.0 16V. Se a vida começa aos 40, o que eu fiz até agora? Talvez seja esse desepero que nos asola. Mas a crise é muito mais visível nas mulheres, eternas condenadas a manter a beleza e firme no salto e esse cobrança interna, porque a social sempre existiu e as revista femininas estão ai para nos deixar sempre á dereiva do padrão.
Sou mãe fresca, pari aos 38, pato normal em 20 minutos, engordei 12 kg na gravidez e perdi 17 pós-baby. Comecei a correr no começo do ano, ainda com 39 e hoje faço 5k em 30 min e pretendo participar da minha primeira corrida de rua no próximo domingo.
40 são 40 e ninguém tasca! As pessoas mais legais e mais velhas que conheço, quando se referem "ao melhor momento da vida", geralmente se referencial aos 40 anos, então não vou perder o meu agora.
A espera da festa nos tira o sabor de curtir a festa....
Fiquei empolgada com o meu comentário que está cheio de erros de digitação, mas acho que dá para entender.
Bjs
Ha ha, Tininha! Quanta enrolação pra chegar no tema! (aliás, eu preciso rever O Reencontro. A última vez que o vi foi nos anos 80. E é um filme muito conservador. Compare com Pete's Friends, que tem o Hugh Laurie do House). Quer dizer, eu gosto pacas de Reencontro, mas é conservador. Agora, sobre a pré-crise, nem tenho muito o que falar. Eu não tive crise dos 30, dos 40, nada. Não por enquanto. O negócio talvez seja ficar tão ocupada que nem dá tempo pra parar e pensar que a vida tá passando. E isso de se manter ocupadíssima vc vem fazendo muito bem!
Asnalfa, eu já fui em velórios em casa, com o morto na sala e todo mundo se acabando com a panela de carne assada do dia anterior. Que ele, inclusive, tinha comido também. hahahaha
Ronise, eu queria correr mas não tenho com quem deixar a Nina de manhã. #comofas rsrsrs
Lola, tá pra nascer um Lawrence Kasdan que não seja conservador, não é? Mas eu sou uma das poucas que não curte Peter`s Friends, acho chatinho. Mas também preciso rever. :P
[momento solene antes do comentário: tina, essa história da panela de carne assada você precisa contar, menina, ahuahauhauahauaa, adorei. é bem 'estilo tina' de ver o mundo]. agora, a parte séria. fia, eu tive crise pré-40 e acho dygno. eu literalmente surtei, por várias questões minhas que você bem conhece, mas vou te dizer [mó clichezão, mas fazer o quê?], valeu super a pena, a vida agora é melhor. eu não trocaria a cris de hoje pela de 20 anos atrás. quer dizer, eu queria a minha bunda de 20 anos atrás de volta, mas é só. de resto, eu me sinto outra, uma versão infinitamente superior. então, receba a minha solidariedade e bola pra frente. tem muita coisa boa vindo aí. [ai, esse comentário ficou tão cara de 'revista cláudia', né? liga não. é que eu acabei de acordar, rs]. bjs! bom domingo, lindona.
Tina, estou às vésperas dos 43. Não dói, não. Ao contrário. Você senta e pensa o que vai acontecer. E realmente vive o hoje, regando um bocadinho o amanhã pra ele estar sempre verde e não amarelar.
(Me lembrei da primeira vez que vi Tom Selleck num filme. Ele era um defunto em "Coma", com o Michael Douglas. E Jeff Goldblum estréia essa semana em Law & Order Criminal Intent com uma tintura de cabelo castanho escuro 2.8 de arder os olhos).
Bjs
E pra quem nunca foi num gurufim, recomendo a lot. Melhor que ensaio da Portela, ever.
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